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Pelos caminhos da Floresta Nacional de Brasília
Repórter da Ascom do ICMBio relata a experiência de fazer trilha em meio ao Cerrado, aprova os equipamentos inaugurados no sábado e faz o convite às pessoas que ainda não conhecem o local: “E aí, vamos lá?”
Bruno Bimbato
ascomchicomendes@icmbio.gov.br
Brasília (01/08/2017) - Não é preciso dizer o quanto caminhar faz bem à saúde, certo? Isso todos nós sabemos. Mas, e quando podemos fazer uma caminhada em contato direto com a natureza, sentindo o ar puro, observando o céu e desfrutando das paisagens do Cerrado, não parece ótimo? Pois é, agora o Distrito Federal tem mais duas opões para os amantes de trilhas ecológicas.
Atrativo que merece ser visitado por todos os moradores do DF, a Floresta Nacional de Brasília, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Taguatinga (DF), inaugurou no sábado (29) as trilhas Jatobá (6 km) e Pequi (12 km). Mais de cem pessoas estiveram lá para vivenciar essa bela experiência.
O evento começou de manhã cedo. Fazia frio e ventava muito. O céu estava sem nuvens, somente o azul profundo. Botas, calça, boné e protetor solar. Não podemos esquecer de levar água e da alimentação leve antes de iniciar a caminhada. Tudo pronto? Então vamos lá, fazer a trilha Jatobá, mais indicada para quem está começando. Logo no início fica claro a proposta do projeto: propiciar às pessoas boas aventuras nos caminhos do Cerrado. Passamos por diversas paisagens, uma mais bonita que a outra.
Ritmo leve
A Flona impressiona pela riqueza de detalhes. Da vegetação mais rasteira até as áreas com eucaliptos e pinheiros exóticos, a trilha tem um nível de dificuldade bem suave. Fizemos a trilha Jatobá em duas horas, num ritmo leve, tirando muitas fotos e conversando sobre cada ponto que cruzávamos. Passamos por áreas com flores, árvores e arbustos típicos do Cerrado, mata de galeria e nascentes que deságuam na barragem do Descoberto, responsável por abastecer 65% do DF.
Durante todo o percurso, podemos notar as diversas placas de sinalização, que tornam quase impossível alguém se perder durante a trilha. Com a ajuda do Grupo de Caminhadas Brasília (GCB), a Flona recebeu inúmeras marcações em árvores e placas de madeira, mostrando a direção do caminho, da saída à chegada.
Foi um imenso trabalho de voluntários e servidores do ICMBio, que somaram mais de 1.600 horas, desde o planejamento até a execução. O esforço valeu a pena, pois com esse projeto não há necessidade de guias e grupos experientes para sair caminhando pela Flona. Qualquer um pode desfrutar desses caminhos.
Voltemos à trilha! Durante a caminhada nos deparamos com duas áreas interessantes: um redário e uma área para meditação. Em meio à sombra das árvores, ao silêncio e à tranquilidade, a floresta de eucaliptos exóticos abriga o redário. Em breve, o local receberá ganchos para fixação de redes para os que desejam relaxar no meio da trilha Jatobá. E para quem busca um lugar calmo para meditar, lá está uma área própria para a atividade, também próxima da metade do circuito da trilha Jatobá.
Alto astral
O sorriso no rosto de todos que se aventuraram pela primeira vez nas novas trilhas era evidente. Havia grupos de caminhadas, mas estes não foram os únicos. Crianças acompanhadas dos pais, pessoas de maior idade e com pouca ou nenhuma experiência em caminhos rústicos também estavam presentes.
João Machado, do Grupo de Caminhada de Brasília, disse que a ideia do projeto na Flona é justamente incentivar essa primeira experiência em trilhas mais rústicas, dentro do mato. “Agora as pessoas vão ter a oportunidade de viver o cerrado, de sentir o cerrado mais de perto”, completou.
O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, fez a trilha Jatobá e comentou: “Ficou excelente, adorei a caminhada, fácil de reconhecer o traçado e a sinalização. O que a gente espera é que isso contribua para que mais pessoas visitem a Flona e tenham contato com as unidades de conservação”.
A proximidade com as cidades do DF e o fácil acesso tornam a Flona um enorme potencial para programa de fins de semana na natureza. Os que fizeram a trilha Pequi, de 12 km, disseram que ela é ainda mais bonita. Mas vou deixar para vocês descobrirem! E aí, vamos lá?
As trilhas estão abertas todos os dias, de 7h às 19h, e a entrada é gratuita. O acesso à Flona é pela BR 070, km 3, Taguatinga/DF.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280