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Peixes-bois são devolvidos à natureza na Costa dos Corais
Publicado em
13/02/2019 15h11
Atualizado em
14/02/2019 19h00
Ação faz parte do Programa Peixe-Boi Marinho, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene/ICMBio)
Foto: Quel Marchiori
No último dia 23 de janeiro, o ICMBio realizou a soltura de três peixes-bois marinhos (
Trichechus manatus
) no rio Tatuamunha, litoral norte do estado de Alagoas. A atividade faz parte das ações do Programa Peixe-Boi Marinho, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene/ICMBio) e pela Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e Fundação Toyota do Brasil.
Desde 2012, a base do ICMBio em Porto de Pedras (AL) é o único local de soltura de peixe-boi em atividade no Brasil. O programa já devolveu à natureza 46 animais e obteve uma taxa de sucesso de 75%, com destaque para reprodução em vida livre, o que tem proporcionado um incremento populacional no limite sul de ocorrência da espécie no Nordeste. Desta vez os sortudos foram Luiz Gonzaga, Telinha e Tupã, que possuem históricos de vida bastante diferentes. Conheça cada um deles:
LUIZ GONZAGA
Macho jovem com seis anos e meio de idade, Luiz Gonzaga nasceu em cativeiro (filho de Xuxa e com pai desconhecido). Foi transferido da base do Cepene em Itamaracá (PE) em setembro de 2017 e, desde então, encontrava-se no recinto de aclimatação no rio Tatuamunha. Há mais de um mês o animal vinha sendo alimentado apenas com item natural (Rupia maritima) e monitorado diariamente para avaliação de seu comportamento alimentar. No início de dezembro de 2018, foi colocado o cinto para adaptação e isolamento dos outros peixes-bois que não seriam soltos. Atualmente, Luiz Gonzaga pesa cerca de 400 kg e mede 2,91 metros. Foi liberado com transmissor satelital e via rádio VHF para monitoramento pós-soltura, permitindo que a equipe avalie a adaptação do animal ao ambiente natural.
TELINHA
Telinha encalhou ainda filhote no município de Areia Branca (RN), em outubro de 2007. No dia seguinte, o animal foi levado para a base avançada do Cepene em Itamaracá e ali permaneceu até abril de 2011, quando foi transferido para Porto de Pedras. Após um período de adaptação no rio Tatuamunha, Telinha foi liberada em março de 2012, munida de equipamento de rádio telemetria. O animal foi recapturado algumas vezes, sempre com problemas clínicos e apresentando comportamento de dependência em relação ao rio, explorando pouco as áreas marinhas. Em 2017, apresentou comportamento estranho e foi mais uma vez colocada em observação clínica. Telinha está atualmente com 275 kg e 2,5 metros de comprimento. Ela foi solta com equipamento de marcação por rádio VHF.
TUPÃ
Em janeiro de 2005, o animal recém-nascido encalhou na praia de Sucatinga (CE), mas foi logo resgatado e transferido para o Cepene/Itamaracá. Tupã permaneceu em reabilitação até transferência para Porto de Pedras, no ano de 2011. Foi reintroduzido em março de 2012, sendo monitorado por telemetria. No entanto, a equipe passou um longo período de tempo sem informações sobre o animal, até que em setembro de 2017 ele foi avistado no Porto do Suape (PE). Em 5 de outubro do ano passado, um morador local avisou que Tupã estava com um ferimento na cabeça. As equipes se mobilizaram para o resgate, que ocorreu no dia 11 de outubro de 2018. Desde então, o animal vinha recebendo tratamento clínico diário na base do ICMBio em Porto de Pedras. Quando o ferimento finalmente cicatrizou, Tupã foi considerado apto para voltar ao seu ambiente natural.
MONITORAMENTO PÓS-SOLTURA
A reintrodução é uma estratégia muito importante para a conservação de um dos mamíferos aquáticos mais ameaçados de extinção no Brasil, o peixe-boi marinho. Os biólogos e voluntários do ICMBio estão se revezando no monitoramento pós-soltura, essencial para avaliar a adaptação dos peixes-bois tanto em relação à busca por alimentos quanto no que diz respeito à socialização com outros animais nativos e reintroduzidos.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
LUIZ GONZAGA
Macho jovem com seis anos e meio de idade, Luiz Gonzaga nasceu em cativeiro (filho de Xuxa e com pai desconhecido). Foi transferido da base do Cepene em Itamaracá (PE) em setembro de 2017 e, desde então, encontrava-se no recinto de aclimatação no rio Tatuamunha. Há mais de um mês o animal vinha sendo alimentado apenas com item natural (Rupia maritima) e monitorado diariamente para avaliação de seu comportamento alimentar. No início de dezembro de 2018, foi colocado o cinto para adaptação e isolamento dos outros peixes-bois que não seriam soltos. Atualmente, Luiz Gonzaga pesa cerca de 400 kg e mede 2,91 metros. Foi liberado com transmissor satelital e via rádio VHF para monitoramento pós-soltura, permitindo que a equipe avalie a adaptação do animal ao ambiente natural.
TELINHA
Telinha encalhou ainda filhote no município de Areia Branca (RN), em outubro de 2007. No dia seguinte, o animal foi levado para a base avançada do Cepene em Itamaracá e ali permaneceu até abril de 2011, quando foi transferido para Porto de Pedras. Após um período de adaptação no rio Tatuamunha, Telinha foi liberada em março de 2012, munida de equipamento de rádio telemetria. O animal foi recapturado algumas vezes, sempre com problemas clínicos e apresentando comportamento de dependência em relação ao rio, explorando pouco as áreas marinhas. Em 2017, apresentou comportamento estranho e foi mais uma vez colocada em observação clínica. Telinha está atualmente com 275 kg e 2,5 metros de comprimento. Ela foi solta com equipamento de marcação por rádio VHF.
TUPÃ
Em janeiro de 2005, o animal recém-nascido encalhou na praia de Sucatinga (CE), mas foi logo resgatado e transferido para o Cepene/Itamaracá. Tupã permaneceu em reabilitação até transferência para Porto de Pedras, no ano de 2011. Foi reintroduzido em março de 2012, sendo monitorado por telemetria. No entanto, a equipe passou um longo período de tempo sem informações sobre o animal, até que em setembro de 2017 ele foi avistado no Porto do Suape (PE). Em 5 de outubro do ano passado, um morador local avisou que Tupã estava com um ferimento na cabeça. As equipes se mobilizaram para o resgate, que ocorreu no dia 11 de outubro de 2018. Desde então, o animal vinha recebendo tratamento clínico diário na base do ICMBio em Porto de Pedras. Quando o ferimento finalmente cicatrizou, Tupã foi considerado apto para voltar ao seu ambiente natural.
MONITORAMENTO PÓS-SOLTURA
A reintrodução é uma estratégia muito importante para a conservação de um dos mamíferos aquáticos mais ameaçados de extinção no Brasil, o peixe-boi marinho. Os biólogos e voluntários do ICMBio estão se revezando no monitoramento pós-soltura, essencial para avaliar a adaptação dos peixes-bois tanto em relação à busca por alimentos quanto no que diz respeito à socialização com outros animais nativos e reintroduzidos.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280