Peixe-boi surpreende banhistas e visitantes no litoral baiano

Nos últimos dias, quem visita o litoral da Bahia se deparou com um visitante inesperado. Um peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) está explorando as águas locais. O animal foi reabilitado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio). Veja aqui reportagem sobre a aparição.

O que chama atenção é que a espécie está extinta na Bahia há pelo menos um século. Este pode ter sido um dos motivos para que pescadores e banhistas tenham se surpreendido com a presença do mamífero tão perto das embarcações e confundindo o animal com uma baleia, um leão-marinho, lobo-marinho e até foca.

Segundo a coordenadora do CMA, Fábia Luna, a presença deste ilustre visitante é uma notícia boa. Luna explica que ele está explorando o local, portanto, recomenda que não seja incomodado. “Se as pessoas não fizerem nada com ele, o peixe-boi permanecerá lá. Se houver condições, é possível que outros animais possam migrar para o local e daí teríamos repovoamento da espécie”, afirma.

Por isso, Luna recomenda apreciar a beleza deste gigante sem incomodá-lo. Ela também diz que não há razão para ter medo, como foi visto em alguns vídeos que mostram pessoas numa embarcação com receio do animal, visto que os peixes-bois são extremamente dóceis e não costumam atacar humanos e embarcações. Por este motivo, podem ser alvo de seres humanos. “Nos preocupamos que as pessoas, seja por medo ou maldade, possam atacá-lo, com pauladas ou remadas”, comenta Fábia Luna. Outra preocupação é a de que as pessoas possam montar ou nadar muito perto do animal. “Como são animais selvagens, podem fazer movimentos bruscos e machucar as pessoas”.

O peixe-boi não é um pet, portanto, não é recomendado  alimentar ou dar bebidas ao animal. “O peixe-boi-marinho bebe água doce, então não é necessário dar água, ou pior, bebidas alcóolicas a ele”, esclarece Luna.

Você tem dúvidas sobre interação com animais marinhos? Acesse o Manual de Boas Práticas em Interação com Mamíferos Marinhos.

Ramilla Rodrigues

comunicacao@icmbio.gov.br