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Passaporte Verde sugere visita a parque nestas férias
Guia elaborado pelo governo e Pnuma dá dicas sobre turismo sustentável
Brasília (28/12/2012) – Um novo tipo de viagem vem ganhando espaço na agenda global, principalmente neste período de fim de ano e férias: o turismo sustentável. Além de gerar emprego e renda, benefícios sociais e preservar o meio ambiente, as práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado, incluindo visitação aos parques nacionais e demais unidades de conservação (UCs) da natureza.
Para orientar e dar informações sobre esse novo modelo de turismo, o Ministério do Meio Ambiente orienta e esclarece dúvidas com a campanha Passaporte Verde. Trata-se de um guia, disponível na maioria dos pontos turísticos e rede hoteleira brasileira, com detalhes, informações e orientações sobre o turismo sustentável, atividade que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.
A publicação é resultado da força-tarefa internacional para o desenvolvimento do turismo sustentável. No Brasil, a campanha é coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Turismo (MTur), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Oficialmente abertos
Além de de buscar informações sobre a região a ser visitada, cultura e tradição do seu povo, para facilitar a convivência, o guia recomenda aos turistas buscar conhecer as unidades de conservação que permitem visitação, como parques, áreas de proteção ambiental, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares, entre outras. Conforme destaca o gerente de Projetos da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do MMMA, Allan Milhomens, o interesse pelo contato com ambientes naturais favorece o trabalho de conservação desses espaços.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra as UCs federais, dos 69 parques nacionais, 26 estão abertos oficialmente à visitação, com controle de entrada e cobrança de ingresso. O campeão de visitantes é o parque da Tijuca, no Rio, que abriga o Cristo Redentor, seguido de perto pelo parque do Iguaçu, no Paraná, famoso pelas Cataratas. Os demais – com exceção do Pico da Neblina (AM) e do Araguaia (TO), fechados por questões jurídicas envolvendo sobreposição com terras indígenas – recebem algum fluxo de pessoas, embora em níveis diferentes de planejamento, normas e controle.
Os parques, oficialmente, abertos aos visitantes são Tijuca (RJ), Iguaçu (PR), Brasília (DF), Serra dos Orgãos (RJ), Serra da Bocaina (R/SP), Ubajara (CE), Chapada dos Guimarães (MT), Itatiaia (RJ), São Joaquim (SC), Aparados da Serra (RS/SC), Lençóis Maranhenses (MA), Fernando de Noronha (PE), Serra da Canastra (MG), Serra Geral RS/SC), Sete Cidades (PI), Caparaó (ES/MG), Chapada dos Veadeiros (GO), Serra do Cipó (MG), Serra da Capivara (PI), Ilha Grande (PR), Abrolhos (BA), Superagui (PR), Emas (GO), Jaú (AM/RR), Amazônia (PA) e Serra do Itajaí (SC). ( Para obter mais detalhes sobre os parques nacionais clique aqui ).
Outras dicas
O gerente de Projetos da SEDR, Allan Milhomens, dá outras dicas de sustentabilidade aos turistas. "Ao escolher seu destino, eles devem certificar-se de que o local oferece meios de transporte, acomodações e tratamento de lixo e esgoto adequados”, diz o coordenador. Para isso, devem preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água e priorize o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. Além disso, devem preocupar-se com as emissões de gás carbônico dos meios de transporte que utiliza.
Ao fazer a mala, o turista deve pensar no que deve levar, já que a quantidade de itens na bagagem aumenta o impacto da viagem, devido às emissões de gás carbônico e lixo que gera. Uma alternativa é tentar não levar de casa nada que possa encontrar no destino final ou comprar produtos de higiene ou alimentos nos mercados locais. “Sem contar que ao tomar essas atitudes, o turista estará contribuindo com a geração de empregos e aumentando a renda dos moradores”, destaca o representante do MMA.
Ele alerta, ainda, para o turista ter cuidado com pilhas, baterias e lâmpadas, pequenos objetos que contêm materiais tóxicos que contaminam a água e o solo quando descartados de forma inadequada. A dica é jamais jogar esse material no lixo comum e depositar esses itens em coletores específicos. Caso o turista não encontrar lugar adequado para depositá-los, traga-os de volta.
Embalagens são um problema para o meio ambiente em qualquer ocasião, inclusive em viagens. A orientação é retirar as mercadorias das embalagens antes de viajar. Além de produzir menos lixo, o turista deixará sua bagagem mais leve, evitar emissões durante o transporte e poupar fôlego durante caminhadas com mochila. “Caso queira levar uma embalagem cheia, traga-a vazia na volta”, orienta Allan Milhomens.
Xampus e sabonetes líquidos ecologicamente corretos (biodegradáveis) já estão disponíveis. Uma alternativa é utilizá-los nas viagens e usar a menor quantidade possível. “Isso mantém as fontes de água potável, rios e mares livres de poluição”, acrescenta o representante do MMA. Além disso, o viajante pode dar uma finalidade cultural às revistas e aos livros que terminou de ler, deixando-os na própria comunidade ou na escola local.
Tanto para um fim de semana como para uma viagem mais longa, o turista sustentável deve escolher a acomodação que segue as mesmas práticas verdes que deveria ter na sua casa. Esses cuidados vão desde o tipo de construção até o modo como o empreendimento se relaciona com seus colaboradores e com a comunidade. No Brasil, além da rede hoteleira e das pousadas, há a opção de hospedagem na casa dos moradores locais em algumas regiões. "Prefira, portanto, instalações que se preocupem com a sustentabilidade nos seus serviços", conclui Milhomens.
Serviço:
Fique por dentro de algumas práticas verdes:
• Incorporar os princípios socioambientais à administração e ao treinamento das pessoas, que devem ser capacitadas para exercerem atividades de modo responsável;
• * Reduzir o consumo indireto de energia, aquele embutido na fabricação dos itens de consumo, buscando oferecer produtos naturais, especialmente vegetais, feitos na região;
• Reduzir o impacto ambiental de novos projetos e construções, visando à preservação do cenário natural, fauna e flora, levando em consideração a cultura local na arquitetura. Materiais naturais, técnicas construtivas de baixo impacto e baixo consumo energético merecem atenção;
• Controlar e diminuir o uso de produtos agressivos ao ambiente, como amianto, CFCs, pesticidas e materiais tóxicos, corrosivos ou inflamáveis;
• Utilizar energias alternativas, como a solar e eólica, sempre que possível no planejamento das novas construções e instalações;
• Consumir água com racionalidade e eficiência, por exemplo, coletar e utilizar a água da chuva quando possível;
• Não permitir que haja qualquer vazamento de esgoto ou dejetos poluidores.
• Evitar o uso desnecessário de água e de produtos químicos, utilizando por mais de um dia suas toalhas de banho e rosto;
• Ligar o ar condicionado, sempre com portas e janelas fechadas, e ventiladores apenas quando necessário;
• Recolher todo o lixo produzido e separar materiais recicláveis de restos orgânicos;
• Utilizar sacolas reutilizáveis de pano ou papel ao invés dos saquinhos plásticos nas compras;
• Na praia, utilizar protetor solar resistente à água para não poluir o mar e prejudicar a fauna marinha;
• Apagar as luzes e desligar os equipamentos do ambiente ao sair;
• Fechar a torneira enquanto escova os dentes. Assim, é possível gastar apenas dois litros de água ao invés de 60;
• Não retirar plantas, nem levar “lembranças” do ambiente natural para casa. Deixar pedras, flores, frutos, sementes e conchas onde foram encontradas para que outros também possam apreciá-los;
• Não comprar animais silvestres;
• Ajudar na educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade de disseminar essa atitude responsável.
Comunicação ICMBio – (61) 3341-9280 – com Ascom/MMA (Sophia Gebrim) – (61) 2028-1227