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Parque no litoral gaúcho monitora animais marinhos
Lagoa do peixe divulga balanço das ações realizadas ano passado
Lagoa do peixe divulga balanço das ações realizadas ano passado
Brasília (26/01/2016) – O Parque Nacional (Parna) da Lagoa do Peixe, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Rio Grande do Sul, entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, acaba de divulgar os dados de 2015 do monitoramento de animais marinhos no interior e entorno da unidade.
Durante todo o ano, a equipe do parque contabilizou 159 animais marinhos de diversas espécies vivos e mortos numa extensão de aproximadamente 50 quilômetros de praia. Os mortos foram marcados, medidos e identificados, para efeito de estatística e definição de estratégias de políticas de proteção.
Ja os animais encontrados vivos e debilitados foram identificados e recolhidos. Após os primeiros cuidados ainda na UC, foram levados, em seguida, para o Centro de Recuperação dos Animais Marinhos (Cram/FURG), na cidade de Rio Grande (RS). Muitos deles, após recuperação, puderam retornar à vida livre.
Da Barra da Lagoa do Peixe até o limite sul do parque (aproximadamente 17 quilômetros de área costeira), o monitoramento é realizado pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), por meio do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul. Neste trecho foram encontrados 17 cetáceos mortos, principalmente a toninha (
Pontoporia blainvillei
), o mamífero aquático mais ameaçado do Atlântico Sul.
Grande biodiversidade
O litoral do Rio Grande do Sul possui uma das maiores biodiversidades de fauna marinha e costeira do Atlântico Sul Ocidental, abrigando um grande número de espécies. Dentre os principais grupos, destacam-se as cinco espécies de tartarugas-marinhas, as sete de pinípedes (focas, lobos-marinhos, leões-marinhos e elefantes-marinhos) e as 35 de cetáceos (botos, baleias e golfinhos).
Além desses, há também o grupo das aves, que possui 661 espécies registradas no estado. Dessas, aproximadamente 15% são aves de hábitos marinhos e costeiros, incluindo espécies residentes e migratórias tanto do Hemisfério Sul quanto do Hemisfério Norte. O parque possui atualmente mais de 275 espécies de aves registradas, entre migratórias e residentes.
Toda essa biodiversidade se explica devido ao encontro de duas importantes correntes marinhas (corrente das Malvinas e corrente do Brasil) no litoral gaúcho, que originam uma importante área de alimentação e reprodução de organismos marinhos.
(61) 2028-9280