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Técnicos monitoram impactos da visitação no Parque Nacional do Pico da Neblina
Durante a expedição, também foi realizada a coleta de espécies da flora
Brasília (24/10/2011) – Pela primeira vez a bandeira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi hasteada em tão longíguo rincão e altitude, a 2.994 metros de altitude, no Parque Nacional (Parna) Pico da Neblina, localizado no Amazonas - fato este de repercussão simbólica entre as ações de gestão do Parque.
O evento, ocorrido mês passado, marcou a ascensão do cume da maior montanha brasileira, o Pico da Neblina (2.994 m), por uma equipe de servidores do ICMBio, além de represnetantes do Exército Brasileiro, Projeto Calha Norte e Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa ).
O objetivo da expedição foi o monitoramento dos impactos da visitação que vem sendo realizada ao longo de décadas no Pico sem nenhum tipo de ordenamento. Análise sobre a visitação com o propósito de estabelecer um planejamento para a reabertura do parque à visitação pública, ordenando a atividade está sendo feita pela equipe gestora da Unidade de Conservação, alinhando suas ações com as novas diretrizes apresentadas pela Coordenação-geral de Visitação (CGEVI) e pela Coordenação de Uso Público e Negócios do ICMBio.
A equipe constatou sérios impactos da visitação desordenada, principalmente no cume da montanha onde inúmeras placas haviam sido fixadas por visitantes mais preocupados em registrar seu feito do que com a manutenção da beleza cênica do local. “O cume do Pico da Neblina parecia um cemitério de alta montanha, muitas lápides espalhadas por toda parte” diz Flávio Bocarde, chefe do Parna Pico da Neblina.
Para implementar as novas diretrizes de visitação e para buscar propiciar uma melhor experiência aos futuros visitantes, todas as placas foram retiradas do cume. Durante a expedição foi realizada a coleta de espécies da flora pela pesquisadora do Inpa, Maihyra Marina Pombo. Desse trabalho, realizado junto com a equipe do Parque, está em discussão a elaboração de um termo de cooperação entre o ICMBio e o Inpa para realização do trabalho “Flórula Altimontana da Trilha de Acesso ao Pico da Neblina e 31 de Março”.
As amostras encontram-se depositadas no acervo do Inpa onde estão em processo de identificação por especialistas. A idéia é que esse material subsidie a criação de um guia de flora com foco na melhoria da experiência do visitante durante sua passagem pelo Parque.
“Conheceremos melhor a flora desse ícone nacional ainda tão desconhecido, que é o Pico da Neblina, gerando informações essenciais para a elaboração do plano de manejo do Parque e ainda melhorando a experiência do visitante, que cpassará a ter mais informações sobre a importância de se conservar a biodiversidade existente nas unidades de conservação”, diz Bocarde.
Ascom/ICMBio
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