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Parque nacional mais antigo do Brasil festeja 81 anos
Publicado em
26/06/2018 20h47
Itatiaia, que foi criado em 1937, realizou vários eventos para comemorar a data.
Criado em junho de 1937, o Parque Nacional do Itatiaia comemora seus 81 anos. O Itatiaia foi o primeiro parque nacional criado no Brasil. Situado na Serra da Mantiqueira, abrange os municípios de Itatiaia e Resende, no Estado do Rio de Janeiro, e Bocaina de Minas e Itamonte, no Estado de Minas Gerais, onde ficam aproximadamente 60% de seu território.
Para festejar a data, o Parque promoveu eventos de confraternização com conselheiros, amigos, parceiros e funcionários nos dias 14 e 16 deste mês. O evento de aniversário contou com importantes anúncios. O chefe do parque, Gustavo Tomzhinski, anunciou a aquisição de 10 propriedades particulares para contribuir com a regularização fundiária do local, totalizando uma área de 1.100 hectares de Mata Atlântica. Desde 2009, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão gestor da unidade – busca a reintegração de posse amigável ou a doação de áreas particulares dentro do parque.
“Nossa legislação determina, sabiamente, que para garantir a perpetuidade do patrimônio da sociedade brasileira, os parques nacionais devem ser de domínio público, por isso a regularização fundiária em áreas protegidas é tão importante“, afirmou Tomzhinski.
“Nossa legislação determina, sabiamente, que para garantir a perpetuidade do patrimônio da sociedade brasileira, os parques nacionais devem ser de domínio público, por isso a regularização fundiária em áreas protegidas é tão importante“, afirmou Tomzhinski.
Com estas novas propriedades, já são 14 adquiridas apenas este ano, totalizando uma área de 1.400 hectares. Desde que foi iniciado o processo de regularização fundiária no parque, 35 propriedades já foram adquiridas pelo ICMBio, somando 2400 hectares.
A regularização fundiária é um dos grandes passivos das Unidades de Conservação (UCs) brasileiras. São diversas propriedades particulares dentro dos limites de áreas protegidas. No caso do Parque Nacional do Itatiaia, antes de sua criação, o governo brasileiro loteou pequenas áreas de 25 hectares e distribuiu para núcleos coloniais, estratégia mal sucedida. Até hoje, restam algumas áreas particulares que, com o passar do tempo, se tornaram casas de veraneio ou pequenas propriedades rurais. Segundo o ICMBio, existem hoje 600 mil hectares de UCs federais na Mata Atlântica com áreas privadas.
Alexandre Augusto Moreira Santos, prefeito de Itamonte (MG) – uma das cidades que abriga o Parque Nacional do Itatiaia – aproveitou a ocasião para informar que o município doará 330 hectares em duas propriedades para o parque a partir de uma portaria municipal. A ideia é atender ao controle e informação de visitantes que acessam o parque por uma estrada próxima à cidade. Além disso, a partir de seu Plano de Desenvolvimento Turístico, que prevê ações para os próximos 10 anos, Itamonte tem o parque e a natureza como atrativo principal.
“Queremos que nosso município seja conhecido nacionalmente como integrante de Itatiaia. Conhecer e viver a paisagem é conviver com nossa gente. A Mantiqueira tem seu ecossistema como marca, mas o ser humano está inserido nele. Pensamos em um turismo conservacionista para a cidade, pois o parque é o que traz as pessoas para cá“, destacou.
Modernização e melhorias no Parque Nacional do Itatiaia
Os gestores do parque ainda anunciaram avanços dos estudos e editais para a realização de mellhorias e benefícios a visitantes por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na UC, estudos que serão apresentados no próximo dia 28.
Cleberson Zavaski, analista ambiental do ICMBio, representando a diretoria do órgão na solenidade, também informou o repasse de R$ 580 mil ao Parque Nacional do Itatiaia para a compra de novos veículos, radiotransmissores e outros equipamentos.
Outro ponto de destaque foi a comemoração dos sete meses de acordo de cooperação técnica entre SOS Mata Atlântica e Parque Nacional do Itatiaia. Com ele, a gestão da unidade é menos burocrática e prioriza a melhoria da estrutura, sinalização e divulgação do parque.
“Essa parceria revolucionou nosso dia-a-dia. Com este apoio, tomamos decisões ágeis e potencializamos o trabalho da equipe com ações que antes ficavam amarradas pela falta de recursos urgentes. Podemos manter o parque preparado para seus objetivos, principalmente servir a sociedade“, destacou Gustavo Tomzhinski, chefe da Unidade de Conservação.
Em uma das ações propiciadas pela parceria, durante a epidemia de Febre Amarela, o parque desenvolveu placas para informar a sociedade que os macacos não são transmissores da doença. A intenção dos responsáveis era evitar o assassinato destes animais, como ocorria em diversas regiões do Brasil. Além disso, já foi possível a elaboração de banners, reformas em estruturas na unidade, como a transformação de uma garagem em um novo arquivo e almoxarifado para o Parque. “Com isso, teremos nossos funcionários cada vez mais próximos por estarem em um mesmo prédio. O que também faz diferença em nosso cotidiano“, finalizou Tomzhinski. Em breve, o parque também deve inaugurar um jardim sensorial, apoiado pela SOS Mata Atlântica.
Situado na Serra da Mantiqueira, abrangendo os municípios de Itatiaia e Resende (Rio de Janeiro), Bocaina de Minas e Itamonte (Minas Gerais) e próximo à divisa com São Paulo, o Parque Nacional do Itatiaia tem 28 mil hectares e recebe 139 mil visitantes por ano, com incremento médio anual de 13% nos últimos seis anos. Além disso, é líder em pesquisa científica dentro de UCs nos três últimos anos. Somente em 2017, foram 84 pesquisas realizadas na unidade.
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A regularização fundiária é um dos grandes passivos das Unidades de Conservação (UCs) brasileiras. São diversas propriedades particulares dentro dos limites de áreas protegidas. No caso do Parque Nacional do Itatiaia, antes de sua criação, o governo brasileiro loteou pequenas áreas de 25 hectares e distribuiu para núcleos coloniais, estratégia mal sucedida. Até hoje, restam algumas áreas particulares que, com o passar do tempo, se tornaram casas de veraneio ou pequenas propriedades rurais. Segundo o ICMBio, existem hoje 600 mil hectares de UCs federais na Mata Atlântica com áreas privadas.
Alexandre Augusto Moreira Santos, prefeito de Itamonte (MG) – uma das cidades que abriga o Parque Nacional do Itatiaia – aproveitou a ocasião para informar que o município doará 330 hectares em duas propriedades para o parque a partir de uma portaria municipal. A ideia é atender ao controle e informação de visitantes que acessam o parque por uma estrada próxima à cidade. Além disso, a partir de seu Plano de Desenvolvimento Turístico, que prevê ações para os próximos 10 anos, Itamonte tem o parque e a natureza como atrativo principal.
“Queremos que nosso município seja conhecido nacionalmente como integrante de Itatiaia. Conhecer e viver a paisagem é conviver com nossa gente. A Mantiqueira tem seu ecossistema como marca, mas o ser humano está inserido nele. Pensamos em um turismo conservacionista para a cidade, pois o parque é o que traz as pessoas para cá“, destacou.
Modernização e melhorias no Parque Nacional do Itatiaia
Os gestores do parque ainda anunciaram avanços dos estudos e editais para a realização de mellhorias e benefícios a visitantes por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na UC, estudos que serão apresentados no próximo dia 28.
Cleberson Zavaski, analista ambiental do ICMBio, representando a diretoria do órgão na solenidade, também informou o repasse de R$ 580 mil ao Parque Nacional do Itatiaia para a compra de novos veículos, radiotransmissores e outros equipamentos.
Outro ponto de destaque foi a comemoração dos sete meses de acordo de cooperação técnica entre SOS Mata Atlântica e Parque Nacional do Itatiaia. Com ele, a gestão da unidade é menos burocrática e prioriza a melhoria da estrutura, sinalização e divulgação do parque.
“Essa parceria revolucionou nosso dia-a-dia. Com este apoio, tomamos decisões ágeis e potencializamos o trabalho da equipe com ações que antes ficavam amarradas pela falta de recursos urgentes. Podemos manter o parque preparado para seus objetivos, principalmente servir a sociedade“, destacou Gustavo Tomzhinski, chefe da Unidade de Conservação.
Em uma das ações propiciadas pela parceria, durante a epidemia de Febre Amarela, o parque desenvolveu placas para informar a sociedade que os macacos não são transmissores da doença. A intenção dos responsáveis era evitar o assassinato destes animais, como ocorria em diversas regiões do Brasil. Além disso, já foi possível a elaboração de banners, reformas em estruturas na unidade, como a transformação de uma garagem em um novo arquivo e almoxarifado para o Parque. “Com isso, teremos nossos funcionários cada vez mais próximos por estarem em um mesmo prédio. O que também faz diferença em nosso cotidiano“, finalizou Tomzhinski. Em breve, o parque também deve inaugurar um jardim sensorial, apoiado pela SOS Mata Atlântica.
Situado na Serra da Mantiqueira, abrangendo os municípios de Itatiaia e Resende (Rio de Janeiro), Bocaina de Minas e Itamonte (Minas Gerais) e próximo à divisa com São Paulo, o Parque Nacional do Itatiaia tem 28 mil hectares e recebe 139 mil visitantes por ano, com incremento médio anual de 13% nos últimos seis anos. Além disso, é líder em pesquisa científica dentro de UCs nos três últimos anos. Somente em 2017, foram 84 pesquisas realizadas na unidade.
o
Parque Nacional do Itatiaia
*Com informações da SOS Mata Atlântica
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280