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Parque Nacional da Tijuca completa 54 anos
Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo
Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo
Brasília (03/07/2015) - No dia 06 de julho, o Parque Nacional da Tijuca – unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) localizada no Rio de Janeiro - comemora aniversário de 54 anos com programação especial e inauguração da exposição fotográfica "Inspirar, Conectar e Compartilhar", no Centro de Visitantes, setor Floresta.
Esta pequena mostra com 30 imagens apresenta aos visitantes a visão sensível e inesperada da natureza, capturada pelas lentes de alguns dos funcionários do Parque que se dedicam à arte da fotografia. As imagens expostas retratam a flora, fauna, atrativos naturais, riqueza histórica e algumas atividades daqueles que destinam seu tempo para cuidar e proteger o PNT, como os voluntários.
Ainda para homenagear a data, que também marca os 154 anos de início do reflorestamento, o Parque organizou um concurso de fotos no Instagram. A partir de hoje, o público pode compartilhar uma foto com a marcação #aniversarioPNT e no dia 03 de julho, quatro fotos selecionadas participam de uma votação online.
A vencedora em número de likes ganha destaque no Instagram, na página no facebook e na home do site: www.parquedatijuca.com.br . A comemoração se torna ainda mais especial com a realização da oficina de Manejo de Trilhas e Posse dos Conselheiros, também no Centro de Visitantes.
História
O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 6 de julho de 1961, mas sua história remonta dos séculos XVII e XVIII, quando o Maciço da Tijuca foi, em sua maior parte, ocupado e devastado pela extração de madeiras e da utilização em monoculturas, especialmente o café, o que gerou sérios problemas ambientais com efeitos na cidade do Rio de Janeiro.
O mais perceptível deles foi a escassez de água. Os sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista praticamente secaram e, em uma tomada de decisões pioneira acerca da importância dos serviços ambientais fornecidos pelo Maciço, iniciou-se um processo de desocupação e recuperação da vegetação natural.
Em 1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II como Florestas Protetoras e teve início então um processo de desapropriação de chácaras e fazendas, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação.
Ainda hoje é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazenda, como a Solidão, Mocke e Midosi, entre outras. Pode-se dizer que a Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo, já que é mais antiga até do que Yellowstone, o primeiro Parque Nacional, criado em 1872, nos Estados Unidos.
A missão do reflorestamento foi confiada ao Major Manuel Gomes Archer, que iniciou o trabalho com seis escravos, alguns feitores, encarregados e assalariados que deram início ao reflorestamento. Em apenas 13 anos, mais de 100 mil árvores foram plantadas, principalmente espécies da Mata Atlântica.
O substituto do Major Archer, o Barão d'Escragnolle, manteve os esforços de reflorestamento e iniciou também um trabalho de paisagismo voltado para o uso público e a contemplação. Sob coordenação do renomado paisagista francês Auguste Glaziou, a floresta foi transformada em um belo parque com recantos, áreas de lazer, fontes e lagos.
A aleia de eucaliptos e algumas pontas que vemos hoje são resquícios deste trabalho. O plantio teve continuidade nos anos seguintes e, associado ao processo de regeneração natural, formou a grande floresta existente hoje no Maciço da Tijuca.
Após anos de relativo abandono e esforços pontuais de manutenção, a Floresta da Tijuca teve um período de forte revitalização na gestão do milionário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, na década de 1940. A revitalização incluiu a abertura dos Restaurantes Esquilos, Floresta e Cascatinha, a consolidação das vias internas e os recantos e projetos paisagísticos de Roberto Burle Marx.
Em 1961, o Maciço da Tijuca - Paineiras, Corcovado, Tijuca, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca - foi transformado em Parque Nacional, recebendo o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, com 33 km².
Seis anos depois, em 8 de fevereiro de 1967, seu nome foi definitivamente alterado para Parque Nacional da Tijuca e, em 4 de julho de 2004, um Decreto Federal ampliou os limites do Parque para 39,51 km², incorporando locais como o Parque Lage, Serra dos Pretos Forros e Morro da Covanca.
O patrimônio natural é sem dúvida o mais conhecido e consagrado no Parque, mas sua ocupação ao longo de quatro séculos gerou uma valiosa herança histórico-cultural, que hoje se constitui em um importante acervo a ser preservado.
Fonte: http://parquedatijuca.com.br/#historia
Mais informações sobre Visitação no Parque Nacional da Tijuca acesse aqui .
Programação dia 05 de julho (domingo)