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Parque Nacional da Serra do Itajaí combate atividades ilegais
Analistas do ICMBio e da Polícia Militar de SC participaram da ação
Brasília (06/03/2014) - Nos dias 27 e 28 de fevereiro, a equipe do Parque Nacional da Serra do Itajaí, unidade de conservação (UC) federal sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou operação de fiscalização. A atividade contou com o apoio do 10º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina. Durante a ação foram apreendidas centenas de borboletas, aves silvestres, armas longas, munições e petrechos de caça. Quatro pessoas foram autuadas e as multas aplicadas somam o valor total de R$ 271 mil.
No município de Apiúna, um casal de aposentados foi flagrado coletando borboletas auxiliados por dois netos menores de idade. A fiscalização resultou na apreensão de 267 borboletas e oito redes. A suspeita é de que a coleta estava sendo realizada sob encomenda de intermediários (ainda não identificados), já que denúncias, em anos anteriores, relataram a ação de um agenciador que estaria cooptando moradores da região para a atividade ilegal. Reforçam a suspeita, as anotações numéricas encontradas na tampa de uma das caixas utilizadas para o acondicionamento dos animais já mortos, cuja soma possivelmente contabiliza o potencial do dano ambiental: 21.645.
Na porção sudeste do parque nacional, em Guabiruba, foram apreendidas três espingardas, um rifle, dezenas de apitos para atrair aves silvestres, centenas de cartuchos de diversos calibres e uma máquina automática com petrechos para recarregar munição. Duas espingardas estavam escondidas em um fundo falso de uma parede e o rifle estava equipado com uma mira telescópica de uso restrito. Os infratores foram conduzidos até a Delegacia da Polícia Federal em Itajaí, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante, havendo o arbitramento de fiança pela autoridade policial para que os acusados respondam em liberdade o processo instaurado na Justiça Federal.
A equipe do Parque Nacional da Serra do Itajaí tem se esforçado para manter o monitoramento dos quase 57 mil hectares da UC, criada para proteger significativa amostra preservada do bioma Mata Atlântica. A unidade sofre histórica pressão de quadrilhas especializadas no furto e comercialização do palmito-juçara (Euterpe edulis - espécie incluída na lista da flora ameaçada de extinção) e de caçadores que tradicionalmente utilizam espingardas e rifles para o abate de aves e mamíferos. Somente em 2013, foram apreendidas 34 armas longas nas ações de fiscalização da UC.
Comunicação ICMBio
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