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Parque de Brasília celebra 56 anos
Unidade de conservação federal, o Parque Nacional de Brasília fornece importantes serviços ecossistêmicos, além de oferecer variados atrativos à população
Lorene Lima
Próximo à silhueta da aeronave composta por elementos arquitetônicos modernos que são referências mundiais, está localizado o Parque Nacional de Brasília, um patrimônio do Distrito Federal (DF) responsável por abrigar vasta riqueza ecológica e proporcionar ao brasiliense um espaço de contato com a natureza, um cenário de encher os olhos tanto quanto as curvas projetadas por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Nesta quarta-feira, 29 de novembro, é dia de celebrar os 56 anos da unidade de conservação (UC) responsável por proteger rios, animais e parte da porção verde do coração do Brasil.
O nascimento do parque tem ligação direta com a construção de Brasília. Apelidado pela população por “Água Mineral”, a UC fornece importantes serviços ecossistêmicos, como a proteção aos recursos hídricos do DF. Em seu interior está localizada a segunda maior represa da região, a de Santa Maria, que responde pela água potável consumida por cerca de 30% da população.
Junto à barragem do Torto, o sistema garante água para a região centro-norte, que vai do Plano Piloto ao Paranoá, passando pelos Lagos Sul e Norte e condomínios do Jardim Botânico, área que começou a ser habitada mais recentemente.
Outro papel importante que o Parque Nacional de Brasília desenvolve é a preservação do segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado. Composto por inúmeras espécies de plantas nativas e diversas espécies endêmicas de animais é o bioma que mais sofre com a ação humana, e é por isso que protegê-lo com a criação de unidades de conservação vem se tornando cada vez mais importante.
Juliana Alves, atual chefe da unidade de conservação de Brasília pontua alguns avanços conquistados. Segundo ela, o parque tem conseguido diversificar o perfil dos usuários, triplicar as trilhas e possibilitar o uso de bicicleta. “Estamos conseguindo mostrar para a população que o parque é mais que a Água Mineral, mais que as duas lindas piscinas de águas naturais. Um exemplo disso foi o curta-metragem Berço das Águas, premiado internacionalmente” afirmou.
Para o futuro Juliana diz que a expectativa é investir na captação de recursos, parcerias e voluntariado. “Pretendemos ainda conceder serviços de uso público, elaborar a revisão do plano de manejo simplificado e possibilitar a utilização pela sociedade de parte das cercas de 100 cachoeiras existentes na área ampliada em 2006. A ideia é iniciar um planejamento de usos sustentáveis que atenda os princípios de conservação ambiental e o anseio por usos da população.
Atrativos aos visitantes
Quem mora em Brasília e quem vem de fora visitar a capital encontrará o parque de braços abertos a receber e proporcionar uma experiência única em meio às trilhas contornadas pela vegetação local multicolorida, como a Trilha Cristal, de 15 Km. No dia 3 de dezembro outra novidade será inaugurada em comemoração aos 56 anos da UC é a
Trilha União Parque Nacional de Brasília
, uma nova travessia localizada no entorno da unidade de conservação, que integra outras quatro UCs federais - Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central e a do Rio Descoberto , Reserva Biológica (Rebio) da Contagem e Floresta Nacional (Flona) de Brasília.
Com extensão de 45 km, liga o circuito de trilhas da Flona de Brasília (44 Km) e o circuito da Serrinha do Paranoá (aproximadamente 47 km), localizado na APA do Planalto Central, totalizando aproximadamente 136 Km de trilhas contínuas e sinalizadas, tornando este o maior circuito para mountain bike do Brasil.
E depois de todo um percurso de imersão na natureza, que tal uma pausa para se refrescar? A principal atração do parque é a parte das piscinas. Elas se formaram a partir dos poços de água, que surgiram às margens do Córrego Acampamento, pela extração de areia feita antes da implantação de Brasília. Caso você não esteja muito para natação, pode estender sua toalha quadriculada no gramado e aproveitar um piquenique sob a sombra das árvores.
A visão de futuro para a unidade de conservação, assim como seus objetivos já conquistados, é promissora. A equipe gestora desse patrimônio brasiliense promete continuar trabalhando para sua preservação e conscientização da sociedade. “Precisamos continuar possibilitando a diversificação do uso da unidade pela sociedade, colocar em prática o conceito: conhecer para preservar. O parque é a área de preservação queridinha das últimas gerações de Brasília e estamos nos esforçando para atender o anseio dessa e das próximas gerações”, declara Juliana Alves.
Comunicação ICMBio
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