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Parque da Serra da Bocaina fará Operação Réveillon
Nesta semana, unidade desocupou e demoliu construções ilegais
Brasília (21/12/2012) – O Parque Nacional da Serra da Bocaina, entre Rio de Janeiro e São Paulo, realiza de 27 deste mês (próxima quinta-feira) a 2 de janeiro a Operação Réveillon. Durante o período, oito servidores e 14 monitores da unidade de conservação (UC), gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estarão nas praias no interior e entorno do parque, em Paraty (RJ), dando continuidade às ações de ordenamento turístico que ocorrem desde o carnaval de 2009.
Nessas operações, os servidores e monitores fazem a contagem dos visitantes, dão orientações sobre a conduta responsável nas áreas de preservação e mantêm os cuidados com os atrativos para impedir a entrada de lixo e organizar o fluxo de pessoas, entre outras coisas. Nesses anos todos, essas ações resultaram em melhorias para a UC, como a recuperação de trilhas e a sinalização do parque na Trindade (RJ).
Resgate de áreas públicas
Na terça-feira (18), o ICMBio concluiu operação de desocupação de construções irregulares nas praias do Meio e da Caixa d’Aço, na Trindade, em Paraty. Respaldados por decisões judiciais, resultado de estreita colaboração entre o Instituto, a Advocacia Geral da União e o Ministério Público Federal, fiscais do Parque Nacional promoveram a desocupação de sete bares ilegais, além de mais seis estruturas irregulares construídas recentemente, que foram demolidas.
A operação fez parte do processo de resgate de áreas públicas do parque, por meio do ordenamento turístico e da recuperação de áreas degradadas que compõem o “Projeto Nova Imagem - 40 anos” em curso desde 2008. O projeto consolidará, num primeiro momento, o Parque Nacional da Serra da Bocaina em áreas específicas, de forte apelo turístico, como a estrada Paraty-Cunha e a própria Trindade.
Diante do êxito das ações, proprietários dos poucos bares remanescentes já procuraram o ICMBio para propor acordo, visando a uma desocupação rápida e pacífica. Desse modo, o processo de recuperação das áreas públicas deverá ganhar mais celeridade, evitando-se conflitos sociais.
Forte aparato policial
A operação contou com forte aparato policial e teve o apoio do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal, que disponibilizou cerca de 48 homens, além de um helicóptero, e da Delegacia de Polícia Federal em Angra dos Reis (RJ).
A presença dos policiais foi fundamental para o êxito da operação, uma vez que, em investida anterior, um grupo ligado aos invasores comandou forte resistência. Para impedir o trabalho da fiscalização, eles promoveram o derramamento de óleo na pista de acesso ao local e montaram uma barricada com pneus e outros materais que foram incendiados.
O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), por meio da Superintendência da Baía da Ilha Grande, prestou também apoio, cedendo máquinas e caminhões para a demolição das construções e a retirada de entulhos, que exigiram grande esforço.
Foram gastos na operação mais de R$ 90 mil. O custo será repassado aos infratores, que já vinham descumprindo há algum tempo ordens da Justiça para desocupar o local. Caberá ao Ministério Público Federal impetrar as ações civis públicas para pedir o ressarcimento.
Estruturação da unidade
Após a operação, o chefe do parque, o analista ambiental Francisco Livino, do ICMBio, anunciou que no próximo ano será iniciada a construção das estruturas turísticas, administrativas e de controle de acesso à unidade de conservação. As obras devem ser concluídas em 2014, antes da Copa do Mundo.
Com isso, além de resgatar e preservar um importante patrimônio natural do país, o ICMBio tornará o parque bem mais estruturado para receber turistas brasileiros e estrangeiros que estiverem circulando pelo país durante os jogos do mundial de futebol. Rio e São Paulo, que ficam próximas da UC, são duas cidades-sedes da Copa.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280