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Canastra elabora projeto de educação ambiental
Ações buscam envolver a comunidade na proteção do parque
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (15/03/2013) – O Parque Nacional da Serra da Canastra, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Minas, elaborou projeto de educação ambiental para conscientizar e mobilizar a comunidade do entorno na defesa da unidade de conservação (UC). A prioridade é prevenir incêndios florestais, um dos principais problemas da região.
A proposta, que será discutida na reunião do conselho consultivo do parque, marcada para esta terça-feira (19), em São João Batista do Glória (MG), prevê duas linhas de ação: uma com alunos e professores das escolas de ensino fundamental e médio da região; e outra com jipeiros e motoqueiros que costumam fazer trilhas na área não regularizada do parque.
Com relação à primeira, o projeto vai mobilizar alunos e professores para conscientizar a comunidade sobre os riscos que o uso indevido do fogo traz ao parque. Ainda hoje, moradores da Canastra têm o hábito de limpar os quintais de suas casas ou propriedades ateando fogo no lixo. Uma pequena fagulha pode causar grandes incêndios florestais.
“O uso indevido do fogo tem sido uma das principais causas dos incêndios ocorridos nos últimos anos no interior do parque, principalmente nos períodos mais secos. Queremos envolver alunos e professores no trabalho de conscientização, de orientação dos moradores sobre os cuidados, sobre a conduta que todos devem adotar para evitar esse risco”, diz Darlan de Pádua, chefe do parque.
De acordo com o projeto, professores e alunos serão convidados a participar de palestras e reuniões com a comunidade e a contribuir na elaboração e distriuição de materais de divulgação sobre o uso indevido do fogo. Eles podem, ainda, definir, junto com os gestores do parque, estratégias mais eficientes para obter o apoio dos moradores às ações de proteção ambiental.
Jipeiros e motoqueiros
Para jipeiros e motoqueiros, o projeto reserva uma participação ainda mais efetiva. Além de atuarem no trabalho de convencimento e conscientização dos produtores rurais a respeito do manejo correto do fogo, eles serão chamados a servir como uma espécie de colaboradores informais, alertando gestores e brigadistas sobre a ocorrência de algum sinal de fumaça ou foco de incêndio no interior da unidade.
“Como eles estão sempre fazendo trilha na área não regularizada do parque, podem nos ajudar avisando a descoberta de algum sinal de fumaça ou foco de incêndio. Assim, poderemos acionar as nossas brigadas mais rapidamente, tornando o combate ao fogo mais ágil e eficiente”, afirma Darlan, que promete procurar as associações de jipeiros e motoqueiros para estabelecer essa articulação.
A primeira rodada de discussão sobre o projeto ocorre nesta terça durante do conselho consultivo. Em seguida, o documento, com as contribuições dos conselheiros, será discutido com as várias comunidades do entorno do parque, principalmente com os grupos que deverão participar diretamente da execução das propostas.
O Parque Nacional da Serra da Canastra abrange seis municípios mineiros – São Roque de Minas, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Vargem Grande, Capitólio e Sacramento. O seu decreto de criação estabelece uma área de 200 mil hectares, mas apenas 80 mil hectares estão regularizados do ponto de vista fundiário. Além de gestores da unidade, o conselho consultivo é formado por representantes das prefeituras da região, produtores rurais, pequenos agricultores, donos de pousadas, entre outros.
Comunicação ICMBio
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