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Parna dos Abrolhos monitora lixo marinho
Publicado em
22/08/2018 17h25
Atualmente, o lixo nos oceanos é uma das maiores ameaças ao ambiente marinho podendo causar a morte de peixes, aves e tartarugas marinhas.
No mês passado, foi realizada uma terceira expedição do Programa de Monitoramento do Lixo Marinho no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Estão sendo coletados e quantificados os resíduos sólidos nas diferentes ilhas do Parque, a cada quatro meses, para avaliar e compreender a dinâmica da chegada de lixo marinho nas praias do Arquipélago. Atualmente, o lixo nos oceanos é uma das maiores ameaças ao ambiente marinho podendo causar a morte de peixes, aves e tartarugas marinhas. Estima-se que anualmente 25 milhões de toneladas de resíduos chegam aos oceanos em todo o mundo, sendo a maioria plástico.
A atividade ocorreu dentro do programa “Comunidade em Abrolhos” que busca promover visitas ao Parque para moradores da comunidade do entorno da unidade de conservação. Para esta atividade, o público-alvo, contou com a turma do Voluntariado ICMBio que desenvolve atividades no Centro de Visitantes da UC e participantes comunitários envolvidos no projeto “Turismo de Base Comunitária como opção para o desenvolvimento sustentável no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e Resex Cassurubá”, em execução com apoio do PNUD. As atividades contaram com apoio do Projeto GEF Mar “Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas”, e da empresa Abrolhos Adventure, que disponibilizou embarcação e tripulação para apoio às atividades.
O programa de monitoramento de resíduos sólidos é desenvolvido pela aluna do Colégio Polivalente de Caravelas Mirian Santos de Paula como parte de projeto de iniciação científica Junior para alunos da rede pública de ensino de Caravelas, o “Projeto Abra os Olhos para a Ciência – Prática, Divulgação e Popularização da Ciência no Banco dos Abrolhos, Bahia”. Segundo Mirian, o projeto vai além da limpeza das ilhas e a coleta do lixo. “Temos também objetivo de promover uma divulgação ao público da ameaça que o lixo representa nas Unidades de Conservação e no ambiente marinho como um todo e a importância do cuidado de cada um”. O projeto, iniciado em outubro de 2017, já coletou mais de 85 Kg de resíduos nas ilhas Siriba, Redonda e Sueste. Já foram encontradas garrafas de plástico de mais de 15 países diferentes, material de pesca, como linhas com anzóis, pedaços de rede, além de uma grande quantidade de vidro, isopor, boias, borracha e etc.
Pelas características dos resíduos e a dinâmica da operação, os lixos coletados não foram produzidos na área do Parque, mas foram trazidos pelas correntes marítimas e depositados nas ilhas do Parque. “O monitoramento contínuo vem contribuindo para o Parque compreender a dinâmica da chegada de lixo nas ilhas do Arquipélago, quais possíveis impactos e auxiliar no planejamento de novas ações”, frisa Lucas Cabral, bolsista de apoio científico do Parque e orientador do projeto de pesquisa.
Para o chefe do Parque, Fernando Repinaldo, é importante destacar e valorizar parcerias que contribuem diretamente para a mobilizar a sociedade em prol dos cuidados com as unidades de conservação, valorizar a natureza e sensibilizar as pessoas sobre a problemática do lixo marinho. “Com a parceria das instituições, empresas e engajamento das comunidades locais, esperamos conseguir manter as atividades de forma contínua e que os resultados sejam a maior valorização do Parque Nacional e sua conservação”.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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