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Parna do Jaú solta 2,3 mil quelônios
Publicado em
27/02/2020 18h18
Atualizado em
03/03/2020 22h31
Noventa comunitários participaram da soltura de 2,3 mil quelônios de três espécies diferentes na foz do Rio Jaú.
Filhotes de quelônios são resultados do monitoramento participativo implementado na UC - Foto: Josângela Jesus
O último dia 16 de fevereiro foi de festa para os moradores de Novo Airão. Noventa comunitários participaram da soltura de 2,3 mil quelônios de três espécies diferentes na foz do Rio Jaú. A atividade faz parte do Projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação (UCs) no Parque Nacional (Parna) do Jaú, no Amazonas, e contou com a participação dos comunitários e educadores da Fundação Almerinda Malaquias (FAM), organização que trabalha a educação ambiental com estudantes de Novo Airão, além de voluntários, parceiros, monitores e colaboradores.
Os gestores do Parque apresentaram os resultados obtidos no monitoramento durante a temporada. Enquanto os voluntários conduziram atividades de educação ambiental junto às crianças, os adultos fizeram a Trilha das Sumaúmas da BASE, um dos atrativos do parque. Para encerrar a programação com chave de ouro, 2,3 mil filhotes de tartaruga-da-amazônia, tracajá e iaçá foram soltos no Lago do Supiá. O Monitoramento na foz do rio Jaú é realizado por monitores do entorno do parque e da cidade de Novo Airão e recebe apoio de voluntários do ICMBio.
O Projeto Monitoramento de Quelônios do Parque Nacional do Jaú é vinculado ao Programa de Conservação de Quelônios do Mosaico do Baixo Rio Negro, numa parceria do ICMBio com o IPÊ, WCS, FVA, SEMA, Pé-de-Pincha/IFAM e comunidades. As atividades foram mantidas com o apoio financeiro do Programa ARPA.
Foto: Josângela Jesus
Foto: Josângela Jesus
ETAPAS
O trabalho se inicia com a proteção das praias, durante o período de desova, com a identificação dos ninhos e transferência dos ovos que estão em áreas de risco de roubo ou alagamento para a Praia da Velha, em frente à base Jaú, ou para a chocadeira artificial na própria base. A etapa seguinte é a proteção dos ninhos até que os filhotes eclodam dos ovos. Do nascimento até a soltura, eles são mantidos em tanques-rede dentro do rio Jaú, até chegar o dia da soltura.
MONITORAMENTO
Além do monitoramento realizado na foz do rio Jaú, também é realizado o monitoramento em comunidades dos rios Jaú e Unini, com o protagonismo dos comunitários e apoio do ICMBio (Parque Nacional do Jaú e Reserva Extrativista do rio Unini) e instituições parceiras. As solturas nessas comunidades foram realizadas no mês de janeiro e foram soltos 2.219 filhotes no rio Jaú, entre tartarugas-da-Amazônia, tracajás e irapucas, e 1.118 filhotes no rio Unini, entre tracajás e irapucas.
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