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Parna de Fernando de Noronha elabora Plano de Uso Público
Parna Marinho de Fernando de Noronha - Foto: Zaira Matheus/Acervo ICMBio
O ICMBio realizou, de 6 a 8/12, uma oficina para elaborar o Plano de Uso Público (PUP) do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Apesar de já possuir instrumentos normativos e operacionais, como o plano de manejo e o protocolo operacional da visitação (PROV), o PUP é essencial para o planejamento de visitações pelos próximos 10 anos.
Participaram da oficina, além da equipe do ICMBio, membros do conselho consultivo, representantes das associações de barqueiros, operadores de mergulho, empresas de receptivos, assembleia de moradores, Instituto Ambiental de Fernando de Noronha (IAFENO) e projetos ambientais como a Fundação Tamar e Golfinho Rotador.
A chefe do ICMBio Noronha, Lílian Hangae, ressaltou a experiência dos participantes na gestão do Parque Nacional e o reconhecimento dos comunitários sobre a importância da unidade de conservação como garantia da sustentabilidade de toda a ilha.
Antônio Gomes, da Associação de Receptivos, destacou seu contentamento com a reunião e reforçou a ideia de alinhamento: “Eu percebi que o ICMBio começou a ver que nós queremos a mesma coisa. Essa percepção é bastante importante, porque isso só vai dar certo se nós tivermos o mesmo olhar”.
Diversos componentes do PUP foram desenvolvidos durante a oficina, como a matriz de oportunidades e desafios, a visão de futuro, o rol de oportunidades da visitação (ROVUC), as diretrizes e as ações estratégicas da unidade. A visão definida de futuro para a visitação do parque até 2033 foi:
“Por meio da força natural insular, suas histórias, paisagens incríveis e poéticas, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha conecta as pessoas com a biodiversidade e com a comunidade noronhense, garantindo a sustentabilidade e promovendo imersão e felicidade com a diversidade de experiências transformadoras, hospitalidade, acessibilidade, segurança e conservação da natureza.”
As diretrizes estudadas e definidas pelo grupo durante a oficina são: operação de mergulho autônomo e livre, passeio embarcado e mergulho rebocado, interpretação ambiental, infraestrutura de apoio à visitação, delegação de serviços e gestão de segurança, além das diretrizes gerais.
Plano de Uso Público
O PUP é um documento técnico que vai orientar a gestão do parque. Com sua aprovação, passa a compor o portfólio de instrumentos do plano de manejo da unidade. Segundo Allan Crema, servidor da Coordenação de Planejamento e Estruturação do Uso Público e Ecoturismo (COEST/CGEUP/ICMBio) e supervisor da construção do PUP, “a elaboração desse documento é fundamental para aprimorar a gestão do uso público, frente às atuais metodologias institucionais, além de definir estratégias, diversificar as oportunidades e maximizar o potencial de visitação do parque”.
Rafael Costa, analista ambiental do ICMBio Noronha e membro da equipe de planejamento do PUP, explica que o plano traz dinamismo para continuar atendendo bem os visitantes, em termos de volume, perfil, expectativas e manejo da visitação. "O planejamento é dinâmico e permite que nos mantenhamos atualizados", destaca.
O PUP busca também a diversificação de experiências para atender às expectativas dos visitantes, cujo perfil mudou bastante nas últimas décadas. Visa, sobretudo, desenvolver uma visitação de qualidade, com estratégias e estrutura para lidar com o aumento da visitação, além de garantir a conservação da natureza. Para conferir detalhes de todos os atrativos e como agendar, acesse a página parnanoronha.com.br/visitante.