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Parceria reforça combate a incêndios na Amazônia
Termo de Cooperação Técnica, assinado entre ICMBio e Copal, prevê ações conjuntas de prevenção, logística e de pessoal para evitar queimadas nas UCs federais no bioma
Brasília (06/10/2017) - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Comitê de Proteção da Amazônia Legal (Copal) assinaram nessa quinta-feira (5) Termo de Cooperação Técnica. O documento estabelece que o Copal dará apoio ao ICMBio nas ações de prevenção e logística e na área de pessoal para combater os incêndios florestais nas unidades de conservação (UCs) federais localizadas na Amazônia Legal.
“Essa parceria é um reforço importante para combater os incêndios florestais na Amazônia. Teremos apoio de brigadistas assim como reforço de equipamentos para conter os incêndios”, ressaltou o coordenador-geral de Proteção do ICMBio, Luiz Felipe Luca, que participou da reunião de assinatura do documento, juntamente com outros servidores do Instituto, e o presidente do Copal, Dodsley Yuri Vargas.
O Copal é uma entidade civil sem fins lucrativos, criada para coordenar e executar ações de monitoramento, preservação, conservação e proteção do bioma amazônico, realizando ações que auxiliam no fortalecimento do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil da Amazônia Legal. Com sede em Palmas (TO), dispõe de forma conjunta de mais de 10 mil homens.
Prioridade
As ações de prevenção e o combate aos incêndios em unidades de conservação federal são prioridade para o ICMBio. Segundo Luca, essas ações são desenvolvidas em conjunto com os estados e demais instituições parceiras, com o uso de todos os meios disponíveis para o enfrentamento do problema.
Ainda segundo ele, o mês de setembro teve o maior registro histórico de focos de calor conforme dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), em decorrência da prolongada estiagem que atingiu todo o território brasileiro (algumas regiões com mais de 120 dias sem chuva), associado à baixa umidade relativa do ar (média abaixo de 30%) e às altas temperaturas.
Além de monitorar por imagens de satélite em tempo real os focos de calor nas UCs federais e entorno, identificando situações de risco, o ICMBio mantém, no momento, 1.170 brigadistas em campo, distribuídos nas 78 unidades com maior risco de incêndios. Eles reforçam uma equipe permanente do Instituto, composta por 350 servidores diretamente envolvidos nas ações de combate e prevenção aos incêndios, de 90 instrutores de formação de brigadistas e de 80 peritos em causas e origens de incêndios florestais.
Estratégias
Neste ano, foram construídos 2.400 km de aceiros para prevenção e controle da propagação de incêndios nas unidades e estão alocadas mais de 250 viaturas terrestres, entre camionetes, caminhões e caminhões tanque, tratores e ainda aviões tanque (air tractor) que auxiliam nos combates a incêndios florestais.
Para os incêndios de maior proporção, com risco de se alastrarem ou que podem danificar áreas altamente prioritárias para a conservação da biodiversidade, são deslocados servidores da Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios (Coin), altamente especializados em estratégias de combate. Eles auxiliam no comando unificado no local.
Mais de 90% dos incêndios florestais têm origem antrópica (causada pela ação do homem). Entre as causas, estão o uso incorreto do fogo para renovação de pastagem e limpeza da roça no entorno da unidade de conservação, fogo para caça e ações criminosas, como represália à gestão ou criação de UCs.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280