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Parceiros do Oceano Atlântico é lançado em Natal/RN
Publicado em
27/01/2020 17h08
Atualizado em
27/01/2020 17h09
Evento também homenageou os mestres do mar que aderiram voluntariamente ao programa.
Os mestres homenageados receberam um certificado de adesão ao programa. Foto: Bruno Bimbato
Foi lançado nesta quarta-feira, 22, o “Parceiros do Oceano Atlântico”, um programa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP/MAPA), o Sindicato das Indústrias de Pesca do Rio Grande do Norte (Sindipesca/RN) e o Centro Tamar. A iniciativa, considerada estratégica para as instituições envolvidas, visa salvar espécies em extinção, fazer a destinação correta do lixo, apoiar, incentivar e divulgar o monitoramento e as boas práticas de pesca na frota atuneira sediada em Natal.
Realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), o evento contou com a participação de mestres do mar que, voluntariamente, aderiram ao programa. São cerca de 30 embarcações atuando na pesca de atum no oceano Atlântico e que contribuem para uma gestão qualificada dessas áreas marinhas. De acordo com Mônica Brick, analista ambiental do ICMBio, o programa lançado funciona como um grande potencial para trabalhar a certificação ambiental da atividade, o que agregaria valor ao pescado e abriria novos mercados para a indústria pesqueira do Brasil.
O evento contou com a presença do diretor de Desenvolvimento e Ordenamento da Pesca, da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Jairo Gund; do Coordenador Regional do ICMBio, Ronei Fonseca; da chefe da Área de Proteção Ambiental São Pedro e São Paulo, Rossana Santana; além dos mestres homenageados: Heriberto Solino Freitas de Souza, Bruno Guilherme Costa, Elias Cardoso da Silva, Evandro José dos Santos, Francisco de Amorim Lopes, Gilson Cardoso Borges, Jorge Luiz Rocha do Nascimento, José Cardoso da Silva, e Valmir de Oliveira Santa Brigida.
Gabriel Calzavara, presidente do Sindipesca/RN, ao elogiar os mestres do mar, destacou que esse programa é uma transformação de atitude da gestão pública, de ouvir quem vive da pesca e mostrar para esses pescadores informações estratégicas que eles desempenham nessas atividades. “Estamos todos em um nível de integração e preocupados em fazer com que a sustentabilidade se mantenha, e que a gente possa dar um exemplo e difundir isso por outras frotas”, completa Calzavara, ao se referir à uma mudança de época na gestão pesqueira do Brasil.
Durante o evento, foi apresentado um vídeo reunindo alguns registros das boas práticas da pesca sustentável, realizada pela frota de atuneiros de Natal. Clique aqui para visualizar o vídeo.
Monitoramento da pesca
Além da homenagem e do lançamento do programa, os mestres também puderam assistir a uma palestra sobre o estado de conservação do atum e afins no Atlântico, apresentada por Bruno Mourato, professor adjunto do Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo (IMar – UNIFESP). Mourato enfatizou a importância do bom registro de dados durante a pesca, pois é fundamental para correta avaliação do estoque. Com dados corretos é possível ter embasamento científico suficiente para minimizar as incertezas sobre as estimativas de estoque do atum e auxiliar a tomada de decisões sobre a pesca no Brasil.
Bruno Costa, um dos mestres do mar homenageados no evento, diz que por meio desse programa é possível ver que o diálogo entre a indústria pesqueira e as instituições de governo está cada vez melhor. Um dos maiores avanços do programa é que os voluntários começaram a registrar os animais devolvidos ao mar, informação imprescindível para a gestão ambiental que visa a recuperação de espécies ameaçadas.
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