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FISCALIZAÇÃO
Operação Yaripo Ye'pâ combate garimpo ilegal no Parque Nacional do Pico da Neblina e Terra Indígena Yanomami
A Operação Interagência Yaripo Ye'pâ articulada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiverisdade - ICMBio, Exército Brasileiro e Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, resultou na desarticulação de garimpos ilegais em uma das regiões mais remotas do país próxima à fronteira com a Venezuela. Esta ação de combate ao garimpo ocorreu em área sobreposta com a Terra Indígena Yanomami localizada no interior da unidade de conservação federal Parque Nacional do Pico da Neblina.
A operação demandou meses de planejamento interinstitucional e uma complexa logística aérea, com atuação dos agentes federais de fiscalização ambiental (CR ICMBio Manaus e UNA/CR Oeste do Pará), FUNAI CR Rio Negro e as tropas do 3° Batalhão de Infantaria de Selva (3º BIS) do Comando de Fronteira Rio Negro, 5° Batalhão de Infantaria de Selva (CFRN/5° BIS) e 4º Batalhão de Aviação do Exército (4° BAVEX).
Os profissionais especializados atuaram a mais de 2 mil metros de altitude, próximos ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil localizado no norte do estado do Amazonas, na serra do Imeri. Na ação foram destruídas estruturas e equipamentos utilizados nas atividades ilícitas e um garimpeiro que atuava na região foi retirado do território. Indígenas cooptados pelo garimpo ilegal se embrenharam na floresta ao perceber a fiscalização.
Quase três hectares impactados pelo garimpo ilegal foram embargados em três locais de mineração irregular, diversos acampamentos, motobombas e outros equipamentos usados na extração criminosa de ouro no interior da unidade de conservação foram inutilizados pela fiscalização.
Ao todo, foram efetuadas quatro ações fiscalizatórias, com a emissão de um auto de infração no valor de R$ 28.800,00 ao responsável por um dos garimpos que foi identificado e retirado do território da UC, os equipamentos inutilizados nas ações tiveram o valor estimado em R$ 21 mil. A operação ocorreu entre os dias 21 de outubro e 4 de novembro.
O garimpo ilegal de ouro tem como principais impactos o desmatamento, a degradação dos solos, o assoreamento de cursos d’água e a contaminação da biota por substâncias tóxicas como o mercúrio, que afeta gravemente a saúde dos seres vivos.
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