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PROTEÇÃO
Operação Pariwat desabilita garimpos no Pará
- Foto: Rebeca Hoefler
Entre os dias 12 e 26 de fevereiro, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveu a operação Pariwat, que em linguagem munduruku, significa "combate ao inimigo", que desabilitou sete garimpos no estado do Pará, mais precisamente em unidades de conservação na região da BR-163. Os agentes de fiscalização destruíram aproximadamente 40 maquinários e embargaram uma área equivalente a 110 hectares. Os resultados parciais da operação apontam ainda mais de R$3 milhões em multas aplicadas.
Os garimpos visitados pelo ICMBio exploravam cassiterita, um mineral do qual se extrai o estanho e usado pela indústria para componentes eletrônicos e revestimentos no interior de latas de alimentos; e ouro. Os fiscais chegaram a apreender ouro em um dos garimpos.
Os agentes destruíram bens e equipamentos usados pelos garimpeiros, como 11 escavadeiras hidráulicas (PCs), 16 motores estacionários (dragas), dragas fluviais, motos e motores diversos.
Quando não é possível doar
Retroescavadeiras, motores, motos, helicópteros e demais equipamentos usados nos garimpos geralmente são doados. No entanto, nem sempre isso é possível. Nestas situações, os agentes estão amparados pelo artigo 111 do Decreto 6514/2008, que prevê a destruição desses bens.
Segundo o Coordenador da Operação Pariwat, Ronilson Vasconcelos, a destruição é motivada por segurança e logística. “Nós não temos como retirar esses equipamentos de áreas muito isoladas. Nós precisamos de vários dias e isso nos deixa muito vulneráveis a emboscadas”, conta Vasconcelos. Ele acrescenta que a principal questão é a segurança dos fiscais e policiais, dado que esses veículos são lentos. “Há o perigo dos fiscais serem atacados em emboscadas ou por comunidades incitadas pelos criminosos”. Ainda é comum que haja alterações nas máquinas a ponto de elas não serem seguras visto que não atendem aos regulamentos. “Também não podemos deixar esse material no meio da floresta, pois os garimpeiros voltam para usá-la. Assim, o dano ambiental não é cessado”, conclui.
Comunicação ICMBio
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