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Abrolhos e Cassurubá são alvo de combate à pesca ilegal
O foco foram ambientes marinhos, estuarinos e terrestres
Brasília (18/02/2014) - Durante cinco dias foi realizada no Parque Nacional dos Abrolhos e na Reserva Extrativista do Cassurubá, unidades de Conservação geridas pelo ICMBio na Bahia, a Operação Verão. O objetivo foi coibir ilícitos ambientais na região dessas UCs, que atualmente abrangem uma área de mais de 280 mil hectares no extremo sul baiano, incluindo ambientes marinhos, estuarinos e terrestres. A atividade contou com a participação da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental de Porto Seguro (CIPPA).
Já no dia 1 e 2 de fevereiro, uma equipe a bordo da lancha Seap 11 se dirigiu ao Recife das Timbebas, onde flagrou duas embarcações pescando no interior de parte do Parque Nacional dos Abrolhos. Foram apreendidas diversas armas de caça submarina e apetrechos de pesca. Os infratores foram autuados, conforme previsto na lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
A atividade monitorou também as áreas da Resex, tendo como foco principal o cumprimento do Acordo de Pesca (Portaria 179 ICMBio 2013) e garantia do defeso do carangueijo-uçá (Ucides cordatus) nos manguezais que compõem a reserva. Foram desmontados três acampamentos usados por coletores para captura ilegal do caranguejo, além de dezenas de abordagens educativas tanto no mar quanto na zona ribeirinha. Moradores, beneficiários, pescadores e usuários da Resex foram orientados com relação a aspectos da legislação ambiental e normas vigentes.
Recife de Timbebas
O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos possui dois polígonos: um que protege o arco de recifes a cerca de 70 quilômetros da costa, englobando o Parcel dos Abrolhos e o Arquipélago dos Abrolhos, e outro, costeiro, que está localizado em frente aos municípios de Alcobaça e Prado, abrangendo o Recife de Timbebas.
Com uma área de 32,35 milhas náuticas quadradas, o Recife de Timbebas é protegido tanto por causa de sua riquíssima fauna marinha como pelas grandes colônias de coral fogo (Mileporas – hidrocorais) de até três metros de diâmetro, endêmicos e raros.
Em Timbebas também são encontrados corais negros, que apresentam uma formação que lembra cipós. A formação do Recife de Timbebas é resultante do agrupamento de vários chapeirões, unidos e cimentados pelas algas coralíneas e outros organismos incrustantes que formam colunas que crescem do fundo até atingirem o nível do mar, como imensos cogumelos com alturas entre 5 e 20 metros que formam extensos labirintos. Nesta localidade se juntam formando grandes recifes que ficam descobertos na maré baixa.
Comunicação ICMBio
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