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ICMBio combate desmatamento na Terra do Meio
Além de desmontar garimpo ilegal, fiscais do ICMBio apreendem 5 mil m³ de madeira
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Brasília (14/12/2011) - Terminou na quinta-feira (8), após mais de 20 dias, a operação de fiscalização promovida na Floresta Nacional de Trairão e Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio, ambas na Terra do Meio, no Pará. As ações foram feitas, conjuntamente, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Polícia Federal, Força Nacional, Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Exército Brasileiro e Ibama.
Foram apreendidos cerca de cinco mil metros cúbicos de madeira em tora e serrada, extraídas ilegalmente, além de seis tratores utilizados para abertura de ramais de exploração e retirada das madeiras in natura do interior das UCs. Houve também o fechamento e retirada de maquinário de uma serraria, já embargada anteriormente, e que funcionava irregularmente. Todo o material apreendido foi estimado em mais de R$ 5,5 milhões. Além das apreensões de madeira, foi desmontado um garimpo ilegal dentro da Flona Trairão.
Mais de 90% das toras apreendidas eram da espécie Ipê e o alvo era tentar desarticular o comércio ilegal que extrai a maior parte de suas madeiras do interior das UCs do entorno da BR-163, principalmente no caso desta operação a Flona Trairão e Resex Riozinho do Anfrísio. Todas as infrações somadas geraram multas que juntas somam mais de R$ 6,4 milhões.
Segundo o coordenador da operação, o agente de fiscalização e analista ambiental do ICMBio, Guilherme Betiollo, as Unidades de Conservação federais são áreas protegidas por lei visando exatamente coibir ilícitos como o desmatamento.
“Vivemos uma realidade em que a comunidade local se envolve na atividade ilícita, muitas vezes impedindo a ação dos agentes de fiscalização. Algumas áreas chegam a ser invadidas por homens armados, que bloqueiam os acessos com árvores para evitar a fiscalização das autoridades”, explica Betiollo.
“Consideramos a ação um grande sucesso, graças ao empenho de 111 servidores envolvidos, dos quais 33 do ICMBio. Um dos pontos mais positivos foi o início da desarticulação de mais uma quadrilha que operava na Unidade de Conservação, sem contar o aumento da presença do Instituto na região”, frisa o coordenador geral de Proteção Ambiental do ICMBio, Paulo Carneiro.
O ICMBio ficou responsável pela montagem de toda a estrutura de acampamento e logística, atividades estas realizadas com sucesso. “Isso demonstra o amadurecimento da autarquia”, frisa Carneiro.
Ascom/ICMBio
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