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Operação combate caça ilegal na Serra da Bocaina
Equipe do parque nacional, no litoral entre Rio e São Paulo, apreende grupo de dez pessoas com carne de animais, armas de fogo e munição no interior da unidade de conservação
Brasília (10/08/2017) – Operação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Polícia Ambiental do Rio de Janeiro, flagrou grupo de caçadores no interior do Parque Nacional da Serra da Bocaina, unidade de conservação localizada no litoral entre Rio e São Paulo.
Durante deslocamento pela estrada Paraty-Cunha, em área do parque, servidor da unidade percebeu veículos, que já haviam sido alvo de denúncias, estacionados em local suspeito. A Polícia Ambiental foi acionada, além de um agente de fiscalização do ICMBio.
No local, a equipe flagrou grupo de 10 pessoas (6 homens e 4 mulheres) realizando uma “festinha” com carne de caça. Na operação foram aprendidos quatro armas de fogo, munições, roupas camufladas, 14 apitos para atrair animais e aves silvestres, um quati esquartejado e um macuco recém-abatido, este último ave ameaçada de extinção.
Os suspeitos foram presos em flagrante e conduzidos pelos agentes à 167a Delegacia de Polícia Civil, em Paraty (RJ). Um dos integrantes assumiu a responsabilidade dos ilícitos e das armas, sendo indiciado por porte ilegal de arma de fogo e caça de animais silvestres. Os demais foram citados no inquérito como coparticipantes do crime ambiental.
O responsável pelo rancho foi autuado administrativamente com base no artigo 24, inc. I e II do Decreto n° 6514/2008, sendo aplicada multa de R$ 11 mil. As estruturas utilizadas para a prática do ilícito foram embargadas, de forma a prevenir a continuidade de práticas ilegais no local.
O Parque Nacional da Serra da Bocaina é um dos últimos e mais bem conservados remanescentes de Mata Atlântica do país, sendo a proteção da fauna silvestre um de seus principais objetivos de criação. A caça e captura de animais silvestres é crime punido através da Lei 9605/98, podendo gerar multa de até R$10 mil por animal apreendido e de um ano e meio a três anos de prisão.
Comunicação ICMBio
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