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Onças do Iguaçu trabalha no engajamento da população
Projeto ainda desenvolve pesquisa para proteger o maior felino das américas.
A preocupação é preservar o maior felino das Américas, que sofre com a perda do habitat e a caça. (Foto: Projeto Onças do Iguaçu)
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vem realizando um trabalho de conscientização nos 14 municípios da região do Oeste do Paraná dentro do Projeto Onças do Iguaçu. A preocupação é preservar o maior felino das Américas, que sofre com a perda do habitat e a caça.
Um censo feito em parceria entre Brasil e Argentina aponta que existem cerca de 105 onças-pintadas no chamado “corredor-verde” entre os dois países. Em 2016, eram 90 animais, ao todo. Juntos, os parques nacionais do Iguaçu, no Brasil, e do Iguazú, na Argentina, totalizam 600 mil hectares e formam a maior área protegida contínua no centro-sul do continente. Abrigam espécies vulneráveis ou ameaçadas de extinção, como a peroba-rosa, o jacaré-de-papo-amarelo, o puma e a onça-pintada.
Um dos objetivos do projeto é conscientizar as pessoas e buscar a coexistência de todas as espécies, com melhorias nas práticas de manejo do gado, além de ações de fiscalização realizadas pela polícia e pelo ICMBio. Segundo a coordenadora do Onças do Iguaçu, Yara Barros, o projeto trabalha com pesquisa, engajamento da população e ações de coexistência. “Por meio desse trabalho, procuramos encontrar melhores formas de os produtores e fazendeiros terem suas rendas ampliadas e envolvê-los na preservação das onças”, comenta Yara.
Um desses trabalhos resultou em uma mudança do uso do solo em que o plantio de milho e soja substitui a prática da pecuária. Yara afirma que o projeto tem ajudado o produtor a ampliar o negócio. Para os pecuaristas, são ensinadas técnicas de manejo que evitam que as onças invadam suas propriedades, como iluminação dos currais e recolhimento dos animais durante as noites.
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