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Oficina traz reflexões sobre parcerias com americanos
Publicado em
18/12/2018 16h44
Evento avalia os quatro anos de cooperação com Serviço Florestal dos Estados Unidos.
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
Na semana passada, foi realizada a Oficina de Pausa e Reflexão sobre o Programa Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia. O projeto é desenvolvido em cooperação técnica com o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) com o apoio da Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos (USAID) e atualmente está no seu quinto ano. Aqui no Brasil, estão envolvidos ICMBio, Funai e o Ministério do Meio Ambiente.
A oficina teve como objetivo proporcionar uma avaliação dos resultados até agora apresentados em três das quatro áreas temáticas desenvolvidas pelo projeto: cadeias de valor sustentáveis para produtos da sociobiodiversidade; aprimoramento da gestão das unidades de conservação e uso público.
Em cada eixo temático são desenvolvidas estratégias e esperados resultados principais e secundários. “Esta oficina vem para nos proporcionar uma reflexão sobre como caminhamos até aqui, o que já conseguimos e o que deve ser trabalhado e fortalecido no futuro”, explica a coordenadora da USFS, Michelle Zweede.
Durante os três dias, os participantes fizeram uma reflexão das principais estratégias e pontos presentes em cada um dos eixos temáticos. Na parte de gestão, por exemplo, os grandes avanços trazidos pelo programa foi a consolidação das ferramentas, a capacitação e a elaboração de planos de manejo mais baratos e mais rápidos. A estratégia utilizada foram as adaptações de ferramentas de gestão da conservação usadas nos Estados Unidos.
Na área de uso público, o impacto das parcerias pode ser visto em ações realizadas pelo ICMBio ainda este ano como a Trilha de Longo Percurso e até no processo de concessões de serviços em unidades de conservação. “A parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos perpassa por várias áreas temáticas trabalhadas pela Coordenação Geral de Uso Público, como o curso de ferramentas, impactos econômicos da visitação e a política de uso público”, conta o coordenador de Estruturação da Visitação e Ecoturismo (COEST/CGEUP/DIMAN), Paulo Faria.
“A capacitação foi um forte pilar para o fortalecimento do uso público das UCs na Amazônia. Com elas, pudemos ter aparato técnico para realizar estudos, subsidiar instruções normativas e dotar as unidades de atividades de recreação e aparatos estruturais, principalmente as trilhas”, complementa Faria. Um dos reflexos disso é que a mudança no monitoramento de visitação fez com que o ICMBio passasse a acompanhar mais UCs (foram 102 em 2018, em 2010 eram apenas 30). “Isso faz com que a gente tenha mais entendimento da dinâmica de visitação e possa empreender esforços maiores nos pontos que necessitam de fortalecimento”, explica Faria.
Para concluir a Oficina, os participantes se dividiram em grupos que repensaram em como as cadeias de valor em produtos da sociobiodiversidade têm avançado nos últimos quatro anos. Para isso foram escolhidos quatro subprodutos: a madeira oriunda de manejo comunitário; o pirarucu; castanha e açaí. O fortalecimento dessas cadeias não só se ancora na capacitação técnica dos gestores das unidades que possuem populações tradicionais onde esses produtos são basilares econômicos, mas também no processo de engajamento e empoderamento dessas tradicionais.
Dentre os avanços percebidos, foi primordial o aprimoramento técnico nessas cadeias, fazendo com que os produtos oriundos ganhassem em valor agregado e que os produtores procurem ter acesso a mercados mais competitivos e diversificados, mas ainda há caminho a percorrer. Um dos desafios, por exemplo, é a logística de escoamento de produção; a comunicação e o acesso destas populações a mecanismos de subsídios e créditos.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
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