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Oficina revisa PAN Paraíba do Sul
Plano protege espécies que vivem no rio
Brasília (11/04/2013) – Os centros nacionais de pesquisa e conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) e de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acabam de realizar, na Academia Nacional da Biodiversidade (ACADEBio), em Iperó (SP), a terceira reunião de monitoria anual do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Aquáticas Ameaçadas da Bacia do Rio Paraíba do Sul (
PAN Paraíba do Sul
).
Coordenado pelos dois centros, o PAN Paraíba do Sul tem como objetivo recuperar e manter as espécies aquáticas ameaçadas de extinção da bacia do Rio Paraíba do Sul, situada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O PAN abrange 17 espécies aquáticas constantes da atual lista nacional da fauna ameaçada de extinção e duas constantes da lista do estado de São Paulo, sendo dez peixes, um quelônio, três de crustáceos e três de moluscos continentais.
O grupo assessor, que participou da revisão do PAN, realizada na semana passada, é composto por representantes do ICMBio, das ONGs Fundação Biodiversitas e Projeto Piabanha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Universidade de São Paulo (USP) e da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Além de revisar as ações, eles avaliam o cumprimento das metas e buscam soluções em conjunto para evitar a extinção das espécies- alvo.
Cágado-de-hogei
As ações de pesquisa e monitoramento voltadas para a conservação do cágado-de-hogei (
Mesoclemmys hogei
), espécie de quelônio abrangida pelo PAN, indicam que sua população tem diminuído drasticamente desde o princípio da década de 90 na bacia do rio Carangola (MG), ao ponto de ter seu grau de risco de extinção aumentado para Criticamente em Perigo (CR) na avaliação científica do ICMBio. Isso é decorrente de vários fatores impactantes observados na área de ocorrência da espécie, endêmica da bacia do rio Paraíba do Sul, destacando-se o desmatamento e a contaminação por resíduos tóxicos urbanos e industriais.
No último ano de implementação do PAN, entre março de 2012 e abril de 2013, houve incremento de 25% para 30% de ações com “sinal vermelho”. Isso se deveu, principalmente, a um reenquadramento das legendas das ações e a uma série de descontinuidades provocadas pela substituição de articuladores e pela ausência de recursos.
Segundo a bióloga Carla Polaz, analista ambiental do Cepta e coordenadora de implantação do PAN, mesmo que o plano tenha captado recursos junto ao Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, eles não são suficientes para dar andamento a todas as ações propostas. “Já que o ICMBio, em conjunto com os grupos assessores de cada Plano de Ação, tem a responsabilidade de captar recursos para sua implementação, uma possibilidade seria a formação de um grupo de trabalho com representantes de todos os PANs, com o objetivo de alavancar esforços nesse sentido”, sugeriu Carla.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280