Notícias
Oficina debate pesquisa sobre extrativismo e silvicultura
Publicado em
27/09/2018 18h30
Evento busca consolidar entendimento entre instituições acerca de extrativismo vegetal e silvicultura.
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
Terminou nesta quinta-feira (27) a I Oficina de Cadastros de Informantes que atuam na Atividade de Extração Vegetal e Silvicultura. O evento foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sede do ICMBio, em Brasília, e contou com a participação de instituições que trabalham com o tema em todo país.
Os informantes de extração vegetal são pessoas, organizações ou empresas que fornecem dados sobre a produção extrativista vegetal no país. Por meio as informações, instituições governamentais e não-governamentais são capazes de estimar o valor médio de produção, o valor pago ao produtor e o preço de mercado de determinado produto.
“Com este tipo de oficina, buscamos sinergia, integração de dados e obtenção da informação com menor custo possível, desonerando o poder público e seguindo as tendências de institutos internacionais de pesquisa e estatística”, destacou o Coordenador de Agropecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira. Segundo Oliveira, um dos principais desafios da área atualmente é que vários dados já estão pesquisados, consolidados e disponíveis por diferentes instituições e são pesquisados novamente por outra. Com uma melhor integração de metodologias e dados, a ideia é de diminuir custos com logística e com processamento.
O ICMBio tem total interesse em dados de extrativismo vegetal e silvicultura, como são chamados os produtos vindos de áreas com direta interferência humana, como áreas plantadas, já que o órgão lida com áreas de desenvolvimento sustentável como florestas nacionais e reservas extrativistas de onde mais de 50 mil famílias retiram seu sustento. “Os dados obtidos por essas instituições demonstram a importância dos produtos da sociobiodiversidade, fortalece as cadeias produtivas e dá mais visibilidade à essa população para acessar políticas públicas e linhas de crédito”, afirma a coordenadora-geral de Populações Tradicionais, Bruna De Vita.
Atualmente, dentre os produtos de suma importância as comunidades estão as plantas oleaginosas, castanha, açaí e diversas frutos e fibras, sem contar na extração animal, como o pirarucu e a prestação de serviços, como o turismo de base comunitária.
Produção da Extração Vegetal e Silvicultura
A Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) contempla informações referentes à quantidade e ao valor de produção dos processos de exploração dos recursos vegetais naturais e de exploração de florestas plantadas para finalidade comercial. A PEVS é a principal fonte de estatísticas sobre acompanhamento sistemático da exploração de recursos florestais em todo o país. A PEVS avalia produtos distribuídos em grupos tais como borrachas; gomas não-elásticas; ceras; fibras; oleaginosas; produtos alimentícios; produtos aromáticos e medicinais e madeiras.
Os dados de 2017 revelam que 4837 municípios registraram produção florestal no Brasil. O valor de produção foi de aproximadamente R$ 19 bi, um acréscimo de 3,4% em relação ao ano anterior. Desses, R$ 4,3 bi são provenientes de extração vegetal, sendo a maior parte (2,8 bilhões) constituídos de extração de madeira. Em relação a produtos não-madeireiros, destaque para o açaí, que constitui 49,5% do valor de produção no grupo de alimentícios, seguido pela erva-mate (35,2%).
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280