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Oficina avalia plano de conservação da fauna do Xingu
Além das 93 ações iniciais do PAN, foram aprovadas mais oito
Brasília (23/05/2013) – O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conjunto com a Norte Energia S.A., acaba de promover a 1ª Oficina de Monitoria do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e Endêmicas da Fauna da Região do Baixo e Médio Xingu, também chamado de PAN Fauna Xingu.
O evento ocorreu na cidade de Altamira, no Pará, e contou com a participação de representantes do Museu Paraense Emílio Goeldi, da Universidade Federal do Pará, Biota, Ministério da Pesca, Ibama, Leme Engenharia, Colônia de Pescadores Z-70 e da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Vitória do Xingu, Secretária de Meio Ambiente do Pará, da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira e da Fiocruz, bem como do Cenap, Cepam e da Coordenação de Planos de Ação (Copan).
Durante os trabalhos, realizados na semana passada, entre os dias 16 e 17, foram avaliadas 93 ações do plano. Dessas, 24% apresentaram resultados de acordo com o previsto no planejamento e 2% foram concluídas . Foram propostas ainda oito novas ações, sendo a maioria relacionada à entrada do Ministério da Pesca e da Fiocruz como articuladores do PAN.
O PAN Fauna Xingu abrange quatro espécies de moluscos bivalves (marisco-pantaneiro, marisco-estilete, marisco-de-água-doce e marisco saboneteira), quatro espécies de peixes (tucunaré do Xingu, acari-zebra, pacu-capivara e arraia negra), duas aves (arara azul e ararajuba), dez mamíferos terrestres (coatá de testa branca, cuxiú-de-uta-hick, morcego-orelha de funil, tamanduá bandeira, tatu canastra, gato maracajá, onça pintada, suçuarana, cachorro do mato vinagre) e dois mamíferos aquáticos (ariranha e peixe-boi-da-amazônia).
O próximo passo agora é a edição do livro do PAN, que deverá ser distribuídos entre as instituições parceiras e demais setores da sociedade relacionados com o tema. O material está em fase final de revisão e deverá ser publicado no segundo semestre deste ano. A próxima oficina de monitoramento ficou agendada para abril de 2014.
Os PANs
Os Planos de Ação Nacionais são um instrumento de gestão de conservação das espécies e ambientes naturais. Coordenados pelo ICMBio, reúnem vários segmentos (universidades, centros de pesquisa, órgãos públicos, empresas e organizações não governamentais e da sociedade civil) que ficam encarregados de articular um conjunto ações prioritárias para combater as ameaças que põem em risco populações de animais e plantas e, também, ecossistemas.
As oficinas de monitoria servem para verificar a efetividade das ações e promover, quando necessário, correções para assegurar o êxito dos esforços das instituições envolvidas na execução do PAN.
O Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e Endêmicas da Fauna da Região do Baixo e Médio Xingu teve como ponto de partida a identificação de um conjunto de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, localizada na região conhecida como Volta Grande do Xingu.
A estratégia cumpre a condicionante 2.28 da Licença Prévia (LP) 342/2010, da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, de acordo com o oficio nº 27/2010 do ICMBio. O ofício determina a elaboração do Plano de Ação para espécies ameaçadas que ocorrem na área geográfica de influência direta e indireta da hidrelétrica.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280