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Oficina avalia programa de cativeiro do mutum-de-Alagoas
Espécie é considerada extinta na natureza desde final dos anos 70
Brasília (09/08/2012) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de participar, em Poços de Caldas (MG), da segunda oficina de elaboração do Programa de Cativeiro do Mutum-de-Alagoas, espécie extinta na natureza e que depende do manejo genético e demográfico da população cativa para sua reintrodução no ambiente natural.
O programa tem como objetivos ampliar a população cativa viável, manejada genética e demograficamente, e reintroduzir a espécie na sua área original. Busca ainda aumentar em 30% a população cativa atual de indivíduos puros em dois anos (2014), liberar na sua área original de ocorrência, pelo menos, um grupo de mutum-de-Alagoas em três anos (2015) e formar uma população na natureza com pelo menos 20 casais reproduzindo em até oito anos (2020).
Além de ratificar a composição do Grupo de Trabalho, indicado na primeira reunião realizada em março, a oficina definiu os protocolos de manejo e reprodução do programa e apresentou a avaliação genética final da população (com os animais nascidos após 2008) e das definições dos pareamentos e movimentações do plantel já para essa estação reprodutiva (agosto a dezembro de 2012).
Saiba mais
O mutum-de-Alagoas (Pauxi mitu) habitava a Mata Atlântica de baixada nos estados de Alagoas e Pernambuco. Em conseqüência da maciça destruição do seu ambiente natural, devido principalmente ao plantio de cana-de-açúcar e à forte pressão de caça, a espécie foi extinta na natureza. Os últimos espécimes livres foram registrados no final da década de 70.
Atualmente, a população do mutum está restrita a aproximadamente 121 animais distribuídos em dois criadouros em Minas Gerais, descendentes dos três últimos animais retirados da natureza, sendo 40% híbridos, devido ao cruzamento com outra espécie de cracídeo.
Além do desafio do manejo adequado da população cativa, a seleção e proteção de áreas para reintrodução e o trabalho de educação e sensibilização ambiental local e regional são fundamentais para o sucesso da reintrodução da espécie na natureza e estão fortemente incorporados no programa.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280