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Oceanógrafa norte-americana dá palestra no ICMBio
Sylvia Earle falou sobre a preservação dos ambientes marinhos
Rodrigo Rueda e Thaís Alves
rodrigo.abreu@icmbio.gov.br
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thais.lima@icmbio.gov.br
Brasília (26/03/2012) - A pesquisadora, oceanógrafa, exploradora e autora norte-americana, Sylvia Earle, esteve na tarde desta segunda-feira (26), no auditório da sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, para falar sobre os ecossistemas e desafios de preservação e conservação marinhos.
O encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Fundação SOS Mata Atlântica, contou com a presença da ministra Izabella Teixeira, do presidente da SOS Mata Atlântica, Roberto Kablin, da presidente substituta do ICMBio, Silvana Canuto, do diretor do programa marinho da Conservação Internacional, Guilherme Dutra, e do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, entre outras autoridades.
Na ocasião, a ministra destacou que o momento era oportuno para os participantes do encontro. Segundo ela, o país vive um momento em que se discute propostas na área marinha que deverão ser inseridas na agenda ambiental. “A vinda de Sylvia é motivadora para construir uma agenda desafiadora tendo em vista a Rio+20 com novos rumos e diálogos a serem debatidos”, destacou.
A relação do ser humano com o meio ambiente, incluindo os limites e as alterações executadas durante os anos, foi aprofundada pela especialista. Para Sylvia Earle, o que aprendemos nos últimos 20 anos serve de exemplo. “A pressão humana, os impactos climáticos, os ecossistemas e as surpresas que virão, e não somos capazes de prever, servem como alerta”, explicou.
“Há um declínio considerável do número de espécies marinhas. Somente no Caribe cerca de 80% dos recifes de corais já foram destruídos. No Brasil, os corais ainda estão em bom estado de conservação em comparação com outros países, mas precisamos agir”.
Sylvia falou ainda sobre o impacto da extinção dos peixes, a destruição das florestas, as alterações climáticas, a perda de biodiversidade do planeta e, em especial, os oceanos. Para a especialista, o cenário pode ser mudado com a participação da sociedade.
Sylvia Earle
Considerada a primeira heroína do planeta pela revista Time, a estadunidense nascida em New Jersey é formada pela Universidade da Florida State University com mestrado e doutorado pela Duke University. É pesquisadora, representante do governo e diretora de empresas e organizações sem fins lucrativos como, por exemplo, a Kerr McGee Corporation, Dresser Industries, Laboratório Marinho Mote, Laboratório Marinho da Universidade de Duke e Ocean Conservancy.
Ex-cientista chefe da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), Silvia Earle é hoje exploradora em residência da National Geographic, fundadora da SEAlliance, Mission Blue e Deep Ocean Exploration and Research com 19 diplomas honorários. Já deu palestras em mais de 80 países e é autora de mais de 170 publicações científicas, técnicas e populares, incluindo o Atlas dos Oceanos da National Geographic.
Liderou mais de 100 expedições e tem mais de 7 mil horas embaixo d'água, tendo estabelecido o recorde para mergulho solo de mil metros de profundidade. Sua pesquisa é sobre algas marinhas e ecossistemas de águas profundas, com especial referência à exploração, conservação e o desenvolvimento e uso de novas tecnologias para o acesso e operações no mar profundo e outros ambientes remotos.
Sylvia Earle recebeu mais de 100 prêmios e honrarias nos Estados Unidos e outros países, incluindo o prêmio TED de 2009, a Ordem da Arca Dourada da Holanda e medalhas do Explorer's Club. Lidendberg Foundation, National Wildlife Federation e National Resources Council.
Serviço:
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