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Novo espaço multiuso vai ampliar experiência de visitantes no maior remanescente de manguezais do Rio de Janeiro
Projeto do “Espaço Manguezal” será erguido próximo à sede do NGI Guanabara - Foto: DIVULGAÇÃO/ICMBIO
A experiência de visitar a mais antiga unidade de conservação de manguezais do Brasil ganhará novos contornos a partir deste ano, com a inauguração do espaço multiuso de atividades socioambientais e recepção de visitantes na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim, no recôncavo da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro.
Batizado de Espaço Manguezal, o projeto é o que se pode chamar de construção sustentável, com uso de energia solar, sistema de captação de água da chuva e de aproveitamento da iluminação e ventilação natural.
O prédio será erguido próximo à sede do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Guanabara, formado pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim e Estação Ecológica (ESEC) da Guanabara, administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com a chefe do NGI Guanabara, Tatiana Franco, o projeto de fundação da obra terá início nesta quarta-feira (8), com a visita das equipes responsáveis pela construção e fiscalização para a sondagem do solo.
Estrutura
O “Espaço Manguezal” é composto por um centro de recepção de visitantes com área de exposição permanente e auditório com 50 assentos. O prédio compõe o primeiro módulo de um projeto maior que prevê a construção de uma trilha suspensa na área do manguezal, formada por um conjunto de passarelas e uma grande torre de observação. As novas estruturas vão ampliar a experiência imersiva dos visitantes, permitindo uma maior proximidade do ambiente natural. O investimento de R$ 1,5 milhão será realizado com recursos de compensação ambiental.
Criação
A Área de Preservação Ambiental de Guapi-Mirim foi criada em 1984 após uma intensa mobilização social em favor da conservação da maior área de manguezais contínuos da região da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Atualmente, a APA abrange uma área de 13,8 mil hectares e mais de 40% de seu território é dominado por manguezais que ocupam a faixa costeira dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim e Magé. A área é drenada pelos baixos cursos dos rios Guapi-Macacu, Guaraí, Caceribu, Guaxindiba entre outros.
Por estar inserida na área da segunda maior região metropolitana do Brasil, a APA de Guapi-Mirim tem o desafio constante de conservar manguezais e recursos pesqueiros diante da operação de empreendimentos e atividade potencialmente poluidores como indústria petrolífera e crescimento urbano desordenado. Os pescadores tradicionais são parceiros que atuam junto à gestão da UC.
A APA Guapi-Mirim abriga diversas espécies ameaçadas de extinção, como a biguatinga (Anhinga anhinga), a marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor), o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e possibilita a continuidade das atividades tradicionais de pesca artesanal, tendo nos últimos 15 anos a implementação do Turismo de Base Comunitária por meio de projetos realizados pela equipe do NGI e instituições parceiras.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados:
Com informações da APA de Guapi-Mirim
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