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Nova RPPN liga o Parque Nacional das Emas ao Rio Araguaia
A UC terá 720 hectares e será protegida de forma perpétua
Brasília (17/01/2012) - Isolado do rio Araguaia por aproximadamente três décadas, o Parque Nacional das Emas terá novamente a conexão da biodiversidade restabelecida com a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Nascentes do Rio Araguaia. A portaria que cria a unidade de conservação com 390,18 hectares foi publicada na sexta-feira (13), no Diário Oficial da União.
A unidade de conservação (UC) é o resultado do compromisso com a sustentabilidade econômica e ambiental do empresário e agropecuarista Milton Fries. O que chama a atenção é que o proprietário foi além das exigências do Programa de Revisão, Regularização e Monitoramento das Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente (Prolegal), ao qual aderiu. A RPPN agora criada oficialmente terá área total de 720 hectares e será protegida de forma perpétua.
Com o intuito de acelerar a reconstituição do Corredor Ecológico, o agropecuarista iniciou em novembro de 2010 a recuperação de uma área de 21 hectares que faz ligação entre o Parque Nacional das Emas e o Rio Araguaia. O trabalho de reflorestamento terá continuidade com o plantio de mudas nativas do cerrado em aproximadamente 150 hectares, anteriormente utilizados para a produção de grãos e criação de gado.
O restabelecimento da conexão do Parque Nacional das Emas com o Rio Araguaia é de fundamental importância para a formação do corredor de biodiversidade do Rio Araguaia. Além disso, a execução do programa levará a adequações nas rodovias que margeiam o parque visando à diminuição dos atropelamentos de animais silvestres.
O chefe do Parque Nacional das Emas, Marcos Cunha, comemora a iniciativa. “É uma conexão que foi relegada, mas agora encontrou alguém sensível à causa da conservação”, afirma. Ele enfatiza que a RPPN é continua ao parque e está em adiantado processo de recuperação com o plantio de mudas e outras ações necessárias para a boa gestão da unidade de conservação. Os diretores do Instituto Onça-Pintada (IOP), Leandro Silveira e Anah Jácomo, avaliam que a decisão do proprietário é crucial para a união dos biomas.
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