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Nova espécie em exposição no Tamar está se reproduzindo
Ela pode atingir tamanho máximo de 45 centímetros
Brasília (01/04/2013) - Desde 2001, o Projeto Tamar vem desenvolvendo o Programa Nacional para a Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas, que estuda medidas para diminuir o impacto das pescarias sobre esses animais ameaçados de extinção. Uma das medidas mitigadoras desenvolvidas é a substituição dos anzóis comuns tipo J pelos anzóis circulares, que agridem menos as tartarugas. Eles reduzem a captura em cerca de 60% e aumentam as chances de sobrevivência pós-captura.
Como parte da campanha de divulgação e popularização do anzol circular, o Tamar/ICMBio testa este tipo em profundidades entre 200 e 1000 metros. Durante os testes, os anzóis circulares vêm fisgando animais bem diferentes dos capturados habitualmente. Dentre eles está uma espécie de tubarãozinho que vive entre 50 e 400 metros de profundidade.
Esse animal é uma espécie nova para a ciência, ou seja, ainda não havia sido capturado em outros locais. Especialistas em peixes estão ajudando o Tamar/ICMBio a escolher um nome para ele. Sabe-se que faz parte da família Scyliorhinidae , do gênero Scyliorhinus , e é encontrado no Atlântico Sul Ocidental, desde a Venezuela até o Uruguai. Pode chegar ao tamanho máximo de 45 centímetros e se alimenta de pequenos peixes, crustáceos e lulas. São ovíparos e depositam seus ovos em cápsulas mais ou menos retangulares de 6 cm de largura por 3 cm de altura, sobre os corais e a vegetação do fundo. A fêmea costuma depositar dois ovos de cada vez, com tempo de eclosão em torno de 10 meses. Os filhotes nascem iguais aos pais, mas com 12 cm de comprimento. Três fêmeas já desovaram no espaço do Submarino Amarelo, na Praia do Forte.
Na exposição permanente, que reúne animais do fundo do mar, já foram depositados mais de 40 ovos, mas nem todos nascem, como explicam os pesquisadores, é como as tartarugas marinhas, há ovos que não eclodem. A cápsula do ovo tem alguma transparência. Então, com a luz certa, é possível acompanhar todo o desenvolvimento do embrião, desde a postura até o nascimento. A equipe do Tamar/ICMBio acompanha o crescimento dos filhotinhos diariamente, para conhecer os hábitos dessa nova espécie.
Com informações do Tamar/ICMBio
Comunicação ICMBio
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