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NGI Santa Cruz recebe estudo de leito oceânico
Publicado em
17/07/2018 13h47
O Estudo Detalhado sobre o Leito Oceânico na Área das UCs vem sendo realizado pela Fundação de Apoio Cassiano Antônio Moraes.
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
O Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Santa Cruz – formado pela APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz, no Espírito Santo, – recebeu no início do mês (dia 8) o segundo relatório do Estudo Detalhado sobre o Leito Oceânico da Área das UCs, que engloba o entorno imediato de 2 quilômetros da área marinha dessas unidades de conservação, cuja característica é possuir 99% de seu território na plataforma continental centro-norte do Espírito Santo.
O estudo do leito oceânico, que é realizado em atendimento à condicionante 2.8 da Licença de Operação (LO) IBAMA n°1.091/2012, e da Autorização para Licenciamento Ambiental nº 07/2011 emitida pelo ICMBio, referentes à implantação do Gasoduto Sul-Norte Capixaba, pela Petrobras, é coordenado pelos pesquisadores Luiz Fernando Loureiro Fernandes, Alex Cardoso Bastos e Luís Parente Maia.
O primeiro relatório, apresentado pelos pesquisadores em outubro de 2017, teve como foco reconhecer as características geológicas e biológicas da área da APA Costa das Algas e do RVS de Santa Cruz, entre a região de preamar até a profundidade de 10 metros. Nesta fase do estudo, além de ter buscado informações já publicadas na literatura científica e relatórios ambientais, também foram realizadas novas campanhas oceanográficas e análises dos dados e informações obtidos.
Entre os resultados apresentados no primeiro relatório destacam-se os aspectos geológicos e biológicos das unidades de conservação e região de entorno, considerando os diferentes habitats existentes nessas áreas protegidas. E a partir desses aspectos detalhados, foi feita uma descrição da formação geológica local, das características do fundo, do relevo do fundo marinho, das comunidades de peixes, bem como dos invertebrados que vivem na região rasa e nas poças de maré.
Neste segundo relatório do estudo, que se encontra em análise pela equipe do NGI, foram apresentados os resultados das campanhas de geofísica e amostragens biológicas, que detalharam as características do relevo do fundo oceânico e a composição geoquímica dos sedimentos, bem como os resultados das amostragens da macrofauna bentônica da área das unidades de conservação.
Estes resultados já haviam sido apresentados preliminarmente na segunda reunião de acompanhamento dos estudos, realizada em abril de 2018 com os pesquisadores, e que também contou com a participação de representantes da Petrobras UO-ES. A realização destas reuniões de acompanhamento tem por objetivo apresentar os resultados que comporão os relatórios de cada fase dos estudos e colher subsídios e contribuições dos técnicos do ICMBio, visando a consolidação dos respectivos relatórios.
A terceira fase do estudo prevê a integração dos dados bióticos e abióticos da porção marinha das unidades de conservação, quando serão gerados os mapas de habitats e a listagem de todos os grupos taxonômicos dos organismos coletados.
Ao final do estudo, além do repasse dos dados brutos gerados e da sistematização dos resultados em relatório conclusivo, também estão previstas a elaboração de publicações científicas em revistas de referência nos temas, pelos pesquisadores envolvidos, bem como a edição de um livro apresentando os estudos e seus resultados, para proporcionar uma melhor divulgação das características do leito oceânico e comunidades bióticas associadas, nestas unidades de conservação.
“Por meio desta condicionante do processo de licenciamento ambiental do Gasoduto Sul-Norte Capixaba, de responsabilidade da Petrobras, foi possível articular a realização deste importante estudo, contando com pesquisadores de referência nos temas abordados e com a utilização de equipamentos de ponta, o que proporcionará elementos de grande relevância para o planejamento e gestão da Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e do Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz”, destaca o chefe do NGI Santa Cruz, Roberto Sfroza.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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