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Mutirão remove flora exótica invasora em Noronha
Ação que contou com a participação de pesquisadores, voluntários e servidores do ICMBio ocorreu na praia do Leão, no interior do parque nacional marinho
Brasília (17/04/2017) – O Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Fernando de Noronha (PE) realizou mutirão para controle de flora exótica invasora na praia do Leão. O evento, o primeiro do gênero, contou com a participação de pesquisadores, voluntários e servidores do Instituto.
Localizada no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, a praia do Leão sofre a invasão de algumas espécies que, além de ameaçarem a flora nativa, comprometem a vegetação característica de restinga, responsável pela manutenção das dunas.
Saiba mais sobre espécies exóticas invasoras
.
O objetivo da proposta de controle e mitigação das espécies exóticas é promover o manejo das plantas linhaça (
Leucaena leucocephala
); crotalaria (
Crotalaria spp
), flor-de-seda (
Calotropis procera
), coronha (
Acacia farnesiana
) e chumbinho (
Lantana camara
).
Flor-de-seda
Como na praia do Leão o estágio de invasão, apesar de preocupante, ainda é inicial, o método de controle utilizado foi o arranque, ou seja, mecânico. Nesse primeiro mutirão, que ocorreu no dia 7, foram retiradas inicialmente espécies de flor-de-seda, incluindo a remoção das raízes, para evitar a rebrota, e a extração dos frutos, para evitar propagação por sementes.
Além do controle mecânico, utilizado na praia do Leão, estão sendo realizadas pesquisas para o manejo de espécies exóticas, com a utilização de outros métodos, como o químico e biólogo, nas áreas em estágio mais avançado de invasão.
No dia anterior ao mutirão, o engenheiro florestal e pesquisador voluntário do ICMBio, João Carlos Raimundo Júnior, deu palestra sobre espécies exóticas invasoras da flora em Fernando de Noronha, no auditório do Tamar.
“A participação dos voluntários à frente desse processo foi muito importante. O mutirão mostrou que conseguimos nos organizar internamente. No futuro pretendemos promover diversas ações de manejo com a participação da comunidade”, disse o gestor do NGI Noronha, Felipe Mendonça.
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Comunicação ICMBio
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