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Mobilização total contra manchas de óleo
Publicado em
17/10/2019 13h51
Atualizado em
22/10/2019 18h57
Após sobrevoar o litoral da Bahia e Alagoas, ministro diz que governo está tomando todas as medidas desde o surgimento do problema e que lida com um caso de poluição sem precedentes.
Ministro Ricardo Salles durante reunião no Comando do Distrito Naval, em Salvador. (Foto: Divulgação)
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realizou nesta quarta-feira (22) nova vistoria em áreas do litoral nordestino atingidas pela mancha de óleo. Ele sobrevoou a costa dos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas. É a segunda inspeção feita em menos de dez dias. No dia 7, ele já tinha ido a Sergipe, acompanhado pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Homero Cerqueira. Em entrevista aos jornalistas no Comando do Distrito Naval, em Salvador (BA), o ministro garantiu que o governo está tomando todas as medidas para a identificação, o recolhimento e a destinação correta do óleo, além das investigações para descobrir a origem do vazamento.
A operação, segundo ele, mobiliza vários órgãos do governo federal, como Ibama, Marinha, ICMBio e ANP, e mais todos os recursos disponibilizados pelos estados e municípios, além do terceiro setor. “Estamos fazendo o monitoramento por meio de satélites brasileiros e estrangeiros, aeronaves com radar. Helicópteros do Ibama e Marinha fazem a verificação visual. Todas as formas de monitoramento estão sendo adotadas”, afirmou. “Não há nenhuma demora de nenhum órgão. Todos estão trabalhando de maneira ininterrupta desde o aparecimento da mancha no dia 2 de setembro. Não se poupou nenhum esforço”, reforçou Ricardo Salles.
O problema, segundo ele, é que o caso não tem precedentes. Já se sabe que o óleo não é brasileiro, tem provavelmente origem venezuelana, mas não se conhece o modo como vazou para o litoral brasileiro. Isso dificulta as ações de controle. “Medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de acidentes em que são conhecidas as origens, não são necessariamente pertinentes nesse caso de poluição difusa como agora, que não tem precedentes”, ressaltou o ministro.
A estratégia agora, ainda segundo ele, é avançar com as operações, com o monitoramento permanente, com o recolhimento do material, a destinação adequada, mobilizando todos os órgãos do governo federal, dos estados e municípios.
Em Alagoas, depois de sobrevoar a Área de Proteção Ambiental (APA) da Costa dos Corais, unidade de conservação do ICMBio, no litoral norte do estado, o ministro informou que o óleo atingiu praias do município de Porto de Pedras, mas não chegou a invadir o estuário onde fica o projeto de conservação do peixe-boi marinho. Equipe do ICMBio está realizando um monitoramento diário das desovas das tartarugas marinhas, em parceria com a Fundação Pró-Tamar. Na semana passada, foram jogadas ao mar mais de mil filhotes de tartarugas, longe do óleo. Nesta semana, a Base Avançada do Tamar e a Reserva Biológica (Rebio) de Santa Izabel selecionaram 15 voluntários para ajudar no monitoramento dos ninhos de tartarugas e nas ações de educação ambiental.
SERVIÇO:
De acordo com boletim do Ibama publicado às 19h32 de ontem (terça, 15), a mancha de óleo havia atingido 167 localidades, em 72 municípios de nove estados do Nordeste.
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Comunicação ICMBio
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