Duas campanhas de utilidade pública visam informar a população sobre como visitar as praias e os recifes de coral sem prejudicar o meio ambiente.
O verão começa nesta sexta-feira, 21 de dezembro, época do ano em que o movimento de pessoas nas zonas costeiras aumenta muito. O problema é que nem todos estão cientes de que a forma como cada um se comporta impacta diretamente o meio ambiente. Para informar a população sobre a melhor forma de visitar as praias e as áreas com recifes de corais gerando o mínimo impacto ambiental, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresenta as campanhas de utilidade pública Conduta Consciente em Ambientes Recifais e Conduta Consciente em Praias.
Os materiais – cartazes, folders, manual para multiplicadores – estão disponíveis
em versão digital no Portal MMA.
Instituições públicas e privadas interessadas em reproduzi-los devem formalizar a adesão por e-mail, de acordo com as orientações da página.
A analista ambiental Paula Moraes Pereira, do Ministério do Meio Ambiente, explica que é importante que as pessoas percebam que suas ações podem afetar a saúde dos ambientes costeiros e marinhos. Deixar lixo na areia ou no mar, como garrafas e sacolas plásticas, pontas de cigarro ou restos de comida, por exemplo, afeta ecossistemas frágeis como os recifes de coral e polui as praias. “Alimentar peixes com restos de comida ou ração para atraí-los durante o mergulho pode causar a morte dos animais”, completa. “Comprar artesanatos feitos com conchas ou corais mortos também prejudica a dinâmica do ambiente”.
Para evitar esses e outros comportamentos que podem prejudicar praias e mares, as campanhas Conduta Consciente em Ambientes Recifais e Conduta Consciente em Praias visam informar sobre a importância da manutenção do estado original dessas áreas. Além dos alertas, as campanhas trazem dicas de práticas com menores impactos ambientais, especialmente durante as atividades recreativas.
“Caso as pessoas não colaborem e não realizem um turismo de baixo impacto, em breve não teremos mais praias e mares limpos”, alerta Paula Pereira. “A vida marinha será destruída, perderemos a oportunidade de contemplar a natureza, a produção de peixes e alimentos poderá diminuir, a beleza cênica desses ambientes desaparecerá e as pessoas que dependem do turismo para o seu sustento serão prejudicadas economicamente.”
MEMÓRIAS E FOTOGRAFIAS
As campanhas têm como mensagem principal o lema “Leve do ambiente apenas memórias e fotografias”. Atividades como a coleta de corais, a pesca predatória, o desenvolvimento e ocupação costeira, a deposição de lixo e resíduos tóxicos (como fertilizantes e agrotóxicos), o turismo desordenado e até mesmo o mau uso do solo (desmatamento, queimadas e incêndios florestais ao longo das bacias hidrográficas) aceleram a destruição do meio ambiente e dos recifes de coral. Até mesmo a mudança do clima representa uma ameaça aos recifes, já que as formações são extremamente sensíveis à temperatura da água.
Manual do bom turista
O que fazer e o que não fazer em ambientes praianos e/ou com recifes de corais
O que não fazer:
● Não compre artesanatos feitos com conchas ou corais mortos. Retirar essas estruturas da natureza prejudica a dinâmica do ambiente;
● Não colete nada. Pedaços de conchas, corais, ouriços e estrelas do mar servem de abrigo e devem permanecer em seu ambiente natural. Leve da praia somente memórias e fotografias;
● Por mais que seja tentador, não leve seu animal de estimação para a praia. As fezes e a urina dos bichinhos podem contaminar a areia e a água, causando danos aos demais usuários;
● Evite pisar nas plantas e utilize os acessos demarcados, para proteger a vegetação de restinga;
● Jamais enterre ou jogue a bituca do cigarro na areia ou no mar! Procure um lixo ou carregue a guimba com você após sair da praia;
● Não transite com veículos motorizados na praia. Observe as regras locais quanto à circulação de veículos;
● Nunca alimente os peixes, pois isso prejudica a saúde dos animais marinhos;
● Não toque nos corais, eles são animais muito frágeis e morrem facilmente. Além disso, você pode se machucar!
O que fazer:
● Escolha protetores solares à prova d’água, para não contaminar a água com produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente;
● Contribua com a limpeza das praias. Nunca jogue lixo na areia e no mar! Recolha o seu lixo e deposite-o em local apropriado;
● Respeite os períodos de reprodução de espécies pesqueiras. Não consuma pescados que estejam no período de defeso ou com tamanho inferior ao permitido;
● Contribua com a conservação da fauna marinha. Não mexa nos ninhos de tartarugas identificados na praia;
● Conheça as riquezas dos recifes de corais. Busque informações com condutores e outros profissionais da região;
● Reduza o uso de plástico no seu dia a dia. Lembre-se que plásticos descartados indevidamente vão parar no mar e podem causar a morte de animais marinhos.
SAIBA MAIS SOBRE AS CAMPANHAS
Conduta Consciente em Ambientes Recifais
Atualiza e amplia a iniciativa desenvolvida em 2001, com foco inicial nas unidades de conservação estabelecidas nos ambientes recifais. A segunda fase ampliou o espectro de atuação e contou com a ajuda de gestores, equipes das unidades de conservação e parceiros locais, como operadores de mergulho, agentes de turismo, professores, alunos, moradores, pesquisadores e demais interessados. A terceira etapa tem como meta informar a sociedade sobre como visitar um local com recifes de coral e não gerar impactos.
Além de informar sobre a importância da conservação ambiental, a campanha busca incentivar práticas responsáveis durante atividades recreativas e de lazer. Nesse sentido, guias de turismo e agentes ambientais serão importantes vetores das informações sobre turismo responsável em ambientes sensíveis, como os recifais.
Conduta Consciente em Praias
Foi desenvolvida inicialmente em 2010, pelo MMA em parceria com o projeto Bandeira Azul. Atualizada agora, tem por meta informar usuários de praias sobre a importância da conservação dos ecossistemas associados a elas, bem como incentivar práticas responsáveis.
As duas iniciativas foram desenvolvidas no âmbito da Secretaria de Biodiversidade do MMA. Em 2018, recebem o apoio do Projeto Terramar, coordenado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, também do MMA, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU), por meio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).
Por: Ascom MMA
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280