Notícias
Ministra dá posse a novo presidente do ICMBio
Roberto Vizentin diz que Instituto tem papel estratégico no desenvolvimento sustentável do país
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (10/03/2012) – “Assumo este desafio num momento muito especial, em que o país vem crescendo, melhorando a vida da população, reduzindo a pobreza. Não podemos ficar de fora desse contexto. A nossa participação faz a diferença, cria as bases para que esse desenvolvimento se dê de forma sustentável”, afirmou o novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Ricardo Vizentin, ao tomar posse nesta terça (10), em solenidade na sede do Instituto, em Brasília.
No mesmo evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, deu posse também a dois novos secretários do ministério - Roberto Brandão Cavalcanti, de Biodiversidade e Florestas, e Carlos Augusto Klink, de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental. Na plateia, além dos servidores, estavam, entre outras autoridades, dirigentes de órgãos do governo federal, como Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ipea e Embrapa, e o senador Jorge Viana (PT-AC).
Papel estratégico do Instituto
Depois de reforçar que cabe ao Instituto Chico Mendes cumprir “papel estratégico” nesse processo de desenvolvimento pelo qual passa o país, Vizentin colocou como um dos seus desafios à frente do ICMBio não apenas consolidar as atuais 310 unidades de conservação (UCs) federais, mas também ampliar esse número, com a criação de novas reservas. “Temos um sistema nacional de unidades de conservação muito avançado, com várias categorias. É um sistema que nos permite inventar e reinventar a gestão”, disse ele.
Nesse aspecto, o presidente destacou a importância de o Instituto agir de forma compartilhada e sintonizada com os vários parceiros da área ambiental – Ibama, ANA (Agência Nacional de Águas), Serviço Florestal Brasileiro – e também com outros ministérios e órgãos do governo federal e, principalmente, com os estados. Ele disse ainda que a criação de novas unidades não pode ser um processo conflituoso e deve passar, fundamentalmente, pelo entendimento entre todos os setores interessados.
Ao final, Vizentin agradeceu a confiança depositada pela ministra e a boa acolhida que vem recebendo dos servidores do Instituto Chico Mendes. E concluiu: “Tudo isso torna mais fácil o meu compromisso de servir ao ministério, ao governo e ao povo brasileiro”.
Ministra faz recomendações
No seu discurso, a ministra Izabella fez algumas recomendações ao novo presidente do ICMBio. Pediu transparência na gestão, aproveitamento dos melhores quadros da instituição e uma política de pessoal que promova rotatividade. “Todo analista deveria, pelo menos durante uns dois, três anos, atuar numa unidade de conservação. É inaceitável termos coronéis de parque”, afirmou, referindo-se a gestores que passam anos na chefia de uma unidade e agem como se fossem donos.
Ela pediu ainda mais qualidade no processo de criação de UCs, de modo que os conflitos sejam evitados ou minimizados; maior celeridade na regularização fundiária e na elaboração dos planos de manejo – “não dá para passar dez anos fazendo um plano”, frisou; parceria mais afinada com as universidades e centros de pesquisa; fiscalização mais rigorosa e alinhada com a Comissão Interministerial de Combate a Crimes Ambientais; e investimentos na visitação e uso público das unidades de conservação, para que a população brasileira possa desfrutar das belezas e delícias dos parques nacionais.
Quem é
Roberto Ricardo Vizentin é graduado em Engenharia Agronômica desde 1989 pela Universidade Federal de Mato Grosso (MT) e doutorando em Agroecologia, Sociologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, pela Universidade de Córdoba, Espanha. Foi secretário-executivo do Fórum Matogrossense de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Formad). Na época, fez parte como pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas da Amazônia, Cerrado e Pantanal (Gera/UFMT), participando de pesquisas sobre a questão agrária e agrícola nesses biomas.
Em 1995, ingressou na Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (Fase), onde trabalhou no acompanhamento de políticas públicas para o desenvolvimento rural. De 1999 a 2001, esteve vinculado à Universidade de Córdoba, cursando o doutorado em Agroecologia, Sociologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Desde 2003, ocupa cargos de direção no Ministério do Meio Ambiente, sendo o último deles o de Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, de onde saiu para assumir a presidência do ICMBio.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280