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Mais de 200 pessoas combatem fogo na Chapada dos Veadeiros
Até agora, 35 mil hectares (14,6%) do parque nacional foram atingidos. Este é o pior incêndio desde que a unidade foi ampliada
Ramilla Rodrigues, da Ascom do ICMBio
Enviada especial à Chapada dos Veadeiros
Brasília (23/10/17) - O incêndio que atinge o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, desde o dia 17 persiste mesmo com o grande esforço de combate. Ao todo, mais de 200 pessoas estão envolvidas na operação, que é conduzida pela Coordenação de Combate e Prevenção de Incêndios (Coin), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal gestor da unidade de conservação (UC). Até agora, 35 mil hectares (14,6%) foram atingidos. Este é o pior incêndio desde que o parque foi ampliado em julho deste ano.
Várias instituições estão envolvidas no combate. Além de brigadistas do ICMBio, do próprio parque e de outras unidades de conservação no país, participam dos trabalhos PrevFogo do Ibama, Grupo Ambientalista do Torto (GAT), Bombeiros de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura de Alto Paraíso. Centenas de voluntários estão em campo ou prestando apoio logístico à operação.
Além disso, 4 aviões-tanque (que lançam água sobre as chamas) e três helicópteros estão mobilizados. O ICMBio também dispõe de equipamentos como turbo sopradores que otimizam o combate ao fogo. ”O engajamento da sociedade civil no apoio direto à proteção de toda a área da Chapada tem sido fundamental para combater os indêncios florestais”, afirma o coordenador-geral de Proteção do ICMBio, Luiz Felipe de Luca.
As principais frentes de fogo se localizam perto do Córrego dos Ingleses, onde, se não tivesse combate, o incêndio teria ameaçado estruturas administrativas do parque e no Jardim de Maytreia, importante ponto turístico da região. O fogo atravessou a rodovia GO 239, que liga Alto Paraíso a São Jorge.
Incêndios ocorridos no final do período de seca são potencialmente perigosos para o meio ambiente. Por causa do acúmulo de vegetação seca, o fogo nesta época costuma ser mais intenso e mais difícil de controlar. Áreas sensíveis ao fogo, como matas de galeria e veredas, se atingidas pelo fogo, costumam causar grande mortalidade de fauna e flora.
Os incêndios também significam grande prejuízo para a sociedade, como danos à saúde (doenças de pele e respiratória) e impactam negativamente na economia das cidades, já que o turismo é a fonte de renda de grande parte dos cidadãos. O fogo não atinge só o parque, mas também propriedades rurais da região, principalmente ao causar danos estruturais e, assim, prejuízo financeiro a seus proprietários.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280