Notícias
Lenine volta a APA e reencontra árvore que plantou há 3 anos
No retorno à Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim, no Rio, cantor faz defesa entusiasmada das unidades de conservação. "A gente tem que cuidar e reconhecer sempre a importância delas", diz
Brasília (20/09/2017) - “Aqui a plaquinha! É ela mesma, é demais a força da natureza! Não tinha nada aqui há três anos”, afirmou, vibrante, o cantor e compositor pernambucano Lenine, ao retornar à Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim, no Rio de Janeiro, na semana passada, três anos após a primeira visita em que plantou uma árvore de mangue-branco no local.
O retorno foi para comemorar a escolha do cantor como um dos vencedores do prêmio Trip Transformadores 2017, que homenageia profissionais e ativistas responsáveis ou estimuladores de projetos para transformação em diversas áreas, inclusive a ambiental.
“Dentre tantos outros lugares que o Lenine poderia ter indicado para fazer a entrevista e as fotos para o prêmio, ele escolheu uma das áreas de manguezal em que nós trabalhamos a recuperação”, disse, cheio de orgulho, Pedro Belga, presidente da ONG Guardiões do Mar.
“Hoje o local é um bosque. Graças ao GPS interno do Alaildo Malafaia, da Cooperativa Manguezal Fluminense, localizamos novamente aquela árvore. Foram eles que puseram a mão na lama mesmo para plantar tudo isso aqui”, completou.
Em 2014, Lenine visitou a APA de Guapi-Mirim pela primeira vez, dentro do seu projeto pessoal “Música e Sustentabilidade Numa Só Nota”. À época, a ONG Guardiões do Mar, em conjunto com a Cooperativa Manguezal Fluminense, estavam trabalhando na recuperação de 9 hectares de mangues que tinham sido cortados no passado para extração de madeira.
Mauricio Muniz, chefe da APA de Guapi-Mirim, que acompanhou Lenine na época, disse, ao falar sobre as áreas de reflorestamento dentro da unidade de conservação, que "trabalhar no manguezal não é fácil".
"Através de diversas iniciativas e parcerias, já recuperamos mais de 100 hectares de manguezais degradados. Estamos falando do entorno da Baía de Guanabara, região metropolitana do Rio de Janeiro, portanto é uma área significativa”, afirmou ele.
Para Juliana Fukuda, também gestora da APA, o retorno do cantor ao local três anos depois do gesto exemplar e inspirador de plantio da muda foi como um presente de aniversário para a APA, que completa 33 anos no final deste mês.
Durante a visita, Lenine ressaltou a importância das áreas protegidas: “Esses lugares são praticamente o que restou de natureza. A gente tem que cuidar e reconhecer sempre a importância delas”, disse o compositor.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280