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Lenine dá o tom em mutirão na APA de Guapimirim
Projeto já recuperou 100 hectares de manguezal e mata ciliar
Projeto já recuperou 100 hectares de manguezal e mata ciliar
Brasília (07/12/2015) – O cantor Lenine colocou as mãos na terra e comandou, na sexta-feira (4), mutirão de plantio de mudas de espécies da Mata Atlântica na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim (RJ), na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
A ação neutraliza o impacto ambiental das emissões de CO2 da produção do último álbum do cantor, Carbono, e é uma parceria com o projeto Uçá, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da ONG Guardiões do Mar, além de fazer parte de um programa maior de reflorestamento da APA.
O programa, iniciado em 2008 pelo
Núcleo de Gestão Integrada APA de Guapimirim e Estação Ecológica da Guanabara
, já recuperou mais de 100 hectares de áreas de manguezal e mata ciliar na última área preservada da Baía de Guanabara, segundo o chefe da APA de Guapimirim, Maurício Muniz.
Visibilidade
"Essa participação do Lenine é importante porque dá mais visibilidade a um programa fundamental para a proteção da biodiversidade da Baía de Guanabara. Ele é uma pessoa que tem um histórico de comprometimento com a causa ambiental”, reforçou Muniz.
Entusiasmado com o mutirão, Lenine disse que as pessoas não têm a mínima noção de que dentro da Baía de Guanabara – “dessa ‘boca banguela’, em que quase tudo está poluído” – ainda exista um bolsão como esse (a APA de Guapimirim). “É fundamental a gente preservar isso”, afirmou o cantor e compositor pernambucano, que batizou a iniciativa de Carbonear.
Poesia
Ao falar sobre o manguezal, Lenine destilou poesia. “O manguezal é onde a vida e a morte andam de mãos dadas. É onde se cria, onde o podre gera nova vida, onde grande parte de uma fauna marinha vem para desovar, para se alimentar. É o berço de tudo e é fundamental a gente entender esse bioma, porque ele está acabando”.
Ele disse ainda que a ideia de realizar o plantio para neutralizar o impacto ambiental da produção do álbum serve, também, de exemplo para outros projetos semelhantes.
Lenine é amante da botânica, coleciona orquídeas e colaborou com os grupos SOS Mata Atlântica, Witness (ao lado do músico e defensor dos direitos humanos Peter Gabriel), ONU (um dos embaixadores), Rain Forest Alliance, Projeto Albatroz Brasil, entre outros. Em 2013 percorreu cinco regiões brasileiras para conhecer o trabalho de 70 ONGs e dessa viagem nasceu o livro Encontros Socioambientais com Lenine: Música e Sustentabilidade numa só Nota.
Comunicação ICMBio
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