Notícias
Lençóis Maranhenses encantam visitantes
Parque Nacional oferece aventura segura e contemplação da natureza
Parque Nacional oferece aventura segura e contemplação da natureza
Barreirinhas, MA (09/06/2015) – Incrível! Lindo! Inesquecível! Estes são comentários comuns entre os turistas que visitam o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses . Localizado no litoral do Maranhão, o Parque é famoso por abrigar milhares de lagoas de água doce cercadas por dunas de areia branquinha, que dominam cerca de dois terços da área do Parque.
O acesso principal é pelo município de Barreirinhas, distante 250 quilômetros de São Luis, capital do estado. O cenário natural exuberante – único no mundo – atrai grande número de turistas brasileiros e estrangeiros, durante todo o ano. Nos mais de 155 mil hectares do Parque há influência de três biomas: Cerrado, Caatinga e Amazônia, além de ecossistemas como a restinga e o manguezal. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é uma das 320 Unidades de Conservação (UC) federais administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Visitação
Em maio, começa o período da seca, melhor época do ano para visitar os Lençóis Maranhenses. Até agosto, as lagoas permanecem cheias, condição ideal para banho. Afinal, depois de caminhar pelas dunas, enfrentando o Sol forte, mergulhar nas águas frescas e cristalinas das lagoas é essencial.
"A sensação ao chegar nos Lençois é difícil de se descrever. A grandiosidade do lugar é chocante e a paz que o lugar transmite é preenchedora", afirma a comerciante de Santa Catarina, Ana Luiza Schaefer. "Difícil visitar um lugar como esse, onde a natureza ainda é pura e pouco modificada pelo homem, e não acreditar em alguma forma de Deus. Fiquei feliz e surpresa com a conservação do parque e a limpeza dos lugares que visitamos", destaca.
Mesmo nos períodos em que as lagoas estão com pouca água, entre novembro e janeiro, é possível desfrutar das belezas naturais sem abrir mão do banho refrescante. As lagoas perenes permanecem com água suficiente para o lazer dos visitantes.
Em veículos especiais e com apoio de guias, os turistas percorrem estradas de areia com vários trechos alagados até chegar aos circuitos da Lagoa Azul e da Lagoa Bonita, locais mais visitados do Parque e mais perto de Barreirinhas. Nos dois circuitos, há opções para as pessoas com disposição para longas caminhadas e para aqueles que preferem ficar sossegados, relaxando na lagoa mais próxima.
Depois da aventura do trajeto até a Lagoa Bonita, para aproveitar os atrativos do lugar é necessário subir um monte de areia com mais de 30 metros de altura. Todos que encaram a subida são recompensados pelo visual exuberante: de um lado, a densa vegetação e do outro lado, as dunas. Local perfeito para apreciar um inesquecível por-do-Sol. "A paisagem é maravilhosa. As lagoas são ótimas e eu recomendo a visita. É muito bonito", enaltece a bancária portuguesa Luisa Ferreira Couto, que visita o nordeste brasileiro pela primeira vez.
Conservação da natureza
Desde 2010, os profissionais e empresas de turismo que atuam no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses são cadastrados e autorizados pelo ICMBio. Por se tratar de uma UC, todas as atividades precisam seguir as regras definidas no plano de manejo. "A relação com os operadores melhorou muito. O mercado passou a operar de forma mais harmônica, com mais segurança e profissionalismo, diminuindo drasticamente o número de operadores ilegais que não respeitavam as normas", explica o coordenador de uso público do Parque, Yuri Amaral. "Hoje, pode-se dizer que os prestadores de serviços turísticos são parceiros do Parque", conclui Amaral.
"Temos um bom entendimento com os gestores do Parque", afirma Alfonso Leal, diretor de uma empresa de turismo cadastrada para atuar no Parque. Ele também afirma que o setor turístico se profissionalizou nos últimos anos. "O Parque Nacional é a principal opção dos turistas que visitam a região. Os guias e os motoristas fizeram capacitações e estão preparados para atender os turistas, até em pequenas emergências", destaca Leal.
"Seja para contemplar a natureza ou para praticar esporte, a visitação em Unidades de Conservação é muito importante e proporciona qualidade de vida para os cidadãos" destaca o presidente do ICMBio, Claúdio Maretti. "O ICMBio é o guardião das várias formas de vida existentes do Brasil e das Unidades de Conservação. Protegemos a biodiversidade para que a sociedade usufrua dos benefícios deste patrimônio", conclui o presidente.
Atrativos variados
Além das dunas e lagoas, a região oferece muitos outros atrativos. O passeio de barco pelo rio Preguiças é um deles. No trajeto entre Barreirinhas e Atins, onde fica a foz do rio, os visitantes podem ver a diversidade da natureza: dunas, manguezais e florestas preenchem as margens do rio. No entorno da UC, várias comunidades tradicionais vivem da pesca artesanal e do extrativismo, em harmonia com a natureza e recebem os turistas que passam por lá.
O povoado de Atins, em frente a foz do rio Preguiças, é muito procurado pelos praticantes de esportes, como kite-surf, wind-surf e caiaque. As condições do mar e o vento permanente atraem atletas de todos os cantos que exploram os 70 quilômetros de praias desertas da região.
Depois da caminhada ou da prática esportiva, o almoço reserva mais uma agradável satisfação: os camarões grelhados e o arroz de cuxá, especialidades da região. Servidos em generosas porções nos poucos restaurantes comunitários dentro do Parque. Depois da refeição, os clientes podem descansar em redes, antes de retornar ao passeio.
Conheça os outros atrativos do Parque
O Parque também tem entradas pelos municípios de os municípios de Santo Amaro e Primeira Cruz. Em toda a região a infraestrutura turística é boa, com opções para viajantes que procuram economizar e para aqueles que não abrem mão de conforto.
Na zona primitiva do Parque, o acesso de veículos é proibido para garantir o mínimo impacto no meio ambiente.
Quem pretende visitar o Parque Nacional em veículo 4x4 próprio precisa solicitar autorização para a administração do ICMBio em Barreirinhas.