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Legado de Chico Mendes é discutido em Xapuri
Publicado em
17/12/2018 18h34
Atualizado em
19/12/2018 16h28
Lideranças extrativistas, governo, acadêmicos e ONGs se reúnem no Acre para discutir o legado de Chico Mendes, 30 anos após sua morte. ICMBio e MMA lançam publicações durante o evento.
Cerca de 600 pessoas estão reunidas em Xapuri, desde o último dia 15 para o evento Chico Mendes 30 anos: uma memória a honrar, um legado a defender. Um dos pontos altos do encontro foi o depoimento de lideranças, artistas e acadêmicos que relembraram o momento histórico da luta liderada por Chico Mendes, que coordenou os chamados “empates”, quando os seringueiros impediram a apropriação dos seringais por fazendeiros. Personalidades como Raimundão (o líder extrativista Raimundo Bezerra), o antropólogo Mauro Almeida, o líder indígena Ailton Krenak e a atriz Lucélia Santos estão entre os que falaram sobre a organização dos seringueiros e o papel essencial de Chico Mendes como liderança que soube unir a defesa do meio ambiente à luta pela cidadania, dando visibilidade internacional a povos até então completamente invisíveis.
Um dos principais legados desta luta é a criação das Reservas Extrativistas. Comunitários de Resex de toda a Amazônia e também de outras regiões do país se fizeram presentes, discutindo temas como fortalecimento das cadeias produtivas, protagonismo das mulheres, modelos de organização e perspectivas para o futuro.
Durante o evento foi realizada a entrega do Prêmio Chico Mendes, sendo também homenageadas 30 personalidades que contribuíram para o fortalecimento da luta dos povos da floresta e para a conservação do meio ambiente. Entre eles estavam o líder extrativista Manoel Cunha, gestor da Resex Médio Juruá e Waldemar Vergara, do ICMBio, in memoria, por seu trabalho na criação das Resex Extrativistas Marinhas do Pará.
Hoje (17) foi realizado o lançamento de duas publicações: o lançamento do
Catálogo da Sociobiodiversidade
, produzido pelo ICMBio, e o livro “
Fortalecimento Comunitário em Unidades de Conservação”
, do MMA, que narra experiências bem-sucedidas apoiadas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
O Diretor de Ações Socioambientais do ICMBio, Cláudio Maretti, ressaltou na abertura do encontro que um dos marcos mais significativos de vida e da militância de Chico Mendes foi um importante pacto social. "E as Resex são produto deste pacto. A partir desse marco, a conservação da natureza e a defesa das populações extrativistas se tornaram uma só", defendeu. Em outra mesa, ele lembrou que neste momento há uma estrutura de diálogo entre o governo e os extrativistas, resultado da demanda das organizações, que é a Comissão Nacional das Resex, que propôs uma regulamentação, tornando mais claro os papeis das instituições. Para Maretti, é indispensável ter essa noção de alianças. "Estamos a serviços de extrativistas. O futuro depende de reforçarmos esta aliança”.
CHICO MENDES
Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, nasceu em Xapuri (AC) em 15 de dezembro de 1944. Foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista reconhecido internacionalmente. Em 1988, Chico Mendes recebeu o prêmio Global 500 da ONU. Aos 47 anos, em 22 de dezembro desse mesmo ano, foi morto com tiros de espingarda no peito a mando de um fazendeiro da região. As primeiras reservas extrativistas foram criadas em março de 1990, concretizando o sonho de Chico Mendes de ver a floresta valorizada e assegurando uma perspectiva de futuro para filhos de seringueiros e extrativistas.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
CHICO MENDES
Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, nasceu em Xapuri (AC) em 15 de dezembro de 1944. Foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista reconhecido internacionalmente. Em 1988, Chico Mendes recebeu o prêmio Global 500 da ONU. Aos 47 anos, em 22 de dezembro desse mesmo ano, foi morto com tiros de espingarda no peito a mando de um fazendeiro da região. As primeiras reservas extrativistas foram criadas em março de 1990, concretizando o sonho de Chico Mendes de ver a floresta valorizada e assegurando uma perspectiva de futuro para filhos de seringueiros e extrativistas.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280