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Lago do Cedro protege desova de tartarugas
Após fiscalização, reserva extrativista em Aruanã (GO) decide proibir a instalação de acampamentos turísticos em cinco praias situadas no interior da unidade
Brasília (25/11/2016) – Após ação de fiscalização concluída na quarta-feira passada (23), o Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cedro, em Aruanã (GO), decidiu proibir a instalação de acampamentos turísticos em cinco praias situadas na área da Resex, para proteger a desova de tartaruga-da-amazônia.
As praias ficam na região abaixo de Aruanã – Praia do Fernandão, Praia do Tibúrcio, Ilha do Nunga, Praia Abaixo da Mata Coral e Praia de São Domingos. Para alertar as pessoas, os agentes colocaram placas de advertência.
A ação de fiscalização do ICMBio, que gere a reserva, teve início no dia 16 e foi apoiada pelo Ibama. O objetivo foi monitorar as praias onde ocorreram ou vão ocorrer desovas de tartarugas-da-amazônia nessa temporada.
Nas praias do Fernandão e do Nunga, os agentes constataram que ainda não houve posturas. A Praia do Tibúrcio, com oito ninhos, foi totalmente submersa e os ninhos inundados.
Na Praia Abaixo da Mata Coral, foram contados 10 ninhos. Após um grande temporal, o rio subiu muito e, antes da inundação, foram resgatados 413 filhotes vivos e 112 ovos viáveis que foram transferidos para a Praia do Nunga e continuam a ser monitorados.
Na praia de São Domingos, já foram marcados 71 ninhos, sendo que apenas 21 foram abertos e contados, por se encontrarem sob grau significativo de ameaça. Foi encontrada uma média de 72 filhotes por ninho nessa praia.
Ainda em São Domingos, foi feita a soltura simbólica de 71 filhotes, cada um representando uma cova, após palestra sobre educação ambiental. A ação contou com o apoio de 35 alunos do 6º ano do Colégio Estadual Dom Cândido Penso.
O monitoramento continuará sendo feito na Praia de São Domingos pelo ICMBio, comunitários e voluntários, com o objetivo de resgatar filhotes de ninhos condenados (inundados, compactados, atacados por insetos ou com raízes). A ideia é totalizar pelo menos 100 covas, a fim de que essa praia se torne reconhecida como tabuleiro de desova de tartaruga.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280