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Jericoacora vira sala de aula para curso de pós-graduação
Alunos da UFPA passam dez dias no parque estudando peixes intertidais
Brasília (24/10/2012) – Um grupo de estudantes do curso de mestrado em Ecologia Aquática e Pesca, da Universidade Federal do Pará (UFPA), recebeu, durante dez dias, aulas práticas da disciplina Ecologia de Peixes Intertidais (peixes que habitam as poças de maré formadas na baixa-mar) no Parque Nacional de Jericoacoara, no litoral do Ceará.
Essa é a primeira vez que isso ocorre desde a criação do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Pesca, da UFPA. A iniciativa foi possível graças a uma parceria da universidade com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a unidade de conservação (UC).
Os mestrandos ficaram hospedados na base do parque. As aulas práticas foram dadas em campo. Todo o trabalho foi coordenado pelo professor Tommaso Giarrizzo, do Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo de Recursos Aquáticos da UFPA, que promoveu atividades de capacitação de estudos sobre ecologia de peixes intertidais, noções de delineamento amostral, métodos de coleta e processamento das amostras biológicas.
Artigo científico e cartilha sobre educação ambiental
Segundo o professor, os alunos realizaram amostragens padronizadas nos diferentes ambientes aquáticos do parque – manguezais, afloramento rochoso e praias. Como resultado da pesquisa, serão elaborados um artigo científico, a ser publicado em revista internacional, com a lista das espécies de peixes intertidais registradas em Jericoacoara, e uma cartilha ou banner, com orientações sobre educação ambiental para moradores da região e visitantes. O artigo será o primeiro trabalho científico sobre a ictiofauna (conjunto de espécies de peixes) da UC.
O professor Tommaso Giarrizzo disse ainda que as atividades práticas da disciplina foram programadas para a unidade de conservação porque trata-se de uma área de extrema relevância ecológica, com um mosaico de ambientes de entremarés, como manguezais, planícies de maré lamosa não vegetadas, afloramentos rochosos e praias, o que ajuda a suprir as lacunas de conhecimento biológico ainda existentes sobre ictiofauna.
O estudo em campo começou no dia 27 de agosto e foi até 7 de setembro. A dinâmica incluiu atividades diferentes a cada dia. Os estudantes trabalharam na elaboração de miniprojeto, organização da coleta, coleta e caracterização ambiental, processamento e identificação do material, análise dos dados e apresentação de resultados.
Saiba mais sobre o Parque Nacional de Jericoacoara.
Comunicação ICMBio
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