Notícias
IV CONBRAU inicia neste domingo em Brasília
Publicado em
30/11/2018 18h07
Temática desta edição é Serviços Ecossistêmicos e Políticas Públicas, com ênfase em vários biomas brasileiros.
Neste domingo (2), às 17h, inicia o IV Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas (IV CONBRAU) no Centro de Convenções do Hotel Brasília Imperial, em Brasília. O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Paulo Carneiro, participará da abertura do Congresso, que será de 2 a 5 de dezembro. A temática desta edição é Serviços Ecossistêmicos e Políticas Públicas, com ênfase em vários biomas.
São várias as mesas de discussões sobre a água, a biodiversidade em áreas úmidas, mudanças climáticas, terra,
confira a programação aqui.
Além disso, haverá concurso fotográfico e sessão de resumo de trabalhos. O Brasil tem 25 sítios Ramsar (são zonas úmidas que se beneficiam de prioridade no acesso à cooperação técnica internacional e apoio financeiro para promover projetos que visem a sua proteção e a utilização sustentável dos seus recursos naturais), que são protegidos por unidades de conservação.
O Cerrado, por exemplo, é um bioma rico em água doce e um distribuidor de água para 96% das 12 bacias hidrográficas do país. Os rios São Francisco, Paraná e Paraguai possuem mais de 90% de suas nascentes na região do Cerrado, apresentando uma grande importância socioambiental. O Parque Nacional de Brasília, unidade de conservação do ICMBio, protege ecossistemas típicos do Cerrado do Planalto Central e abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria, que é responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece o Distrito Federal.
O evento é realizado a cada dois anos, e é promovido pelo ICMBio, a Universidade Católica de Brasília, a Embrapa - Cenargen e a Universidade de Brasília. O Congresso é destinado a alunos de graduação e de pós-graduação, técnicos, representantes de comunidades, professores e pesquisadores, além também aos gestores de órgãos públicos ambientais engajados na conservação dos ecossistemas úmidos e da biodiversidade. A programação do IV CONBRAU traz a participação e a contribuição de profissionais com significante inserção internacional, com impacto positivo nas discussões de temas atuais e relevantes para a diversas áreas do conhecimento das áreas úmidas.
“Espera-se que ao longo dos quatro dias de evento se estabeleça uma integração entre os jovens cientistas com estes profissionais para que haja troca de experiências, tornando-se também um ambiente para capacitação de recursos humanos, criando novos laços profissionais e fortalecendo antigas parcerias”, diz a presidente do Congresso, Dra. Suelma Ribeiro Silva.
Segundo ela, a interação entre cientistas e gestores públicos estimula a adoção de novas linhas de pesquisa que “conversem” com as políticas públicas, buscando soluções que favoreçam a sustentabilidade ambiental, a justiça ambiental e o bem viver do povo brasileiro nas áreas rurais e urbanas do País.
Elas fornecem serviços ecológicos fundamentais -- atendem necessidades de água e alimentação -- para as espécies de fauna e flora e para o bem-estar de populações humanas, rurais e urbanas. Além de regular o regime hídrico de vastas regiões, funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis. Também cumprem um papel vital no processo de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são grandes reservatórios de carbono. O colapso dos serviços prestados por estas zonas pode resultar em desastres ambientais com elevados custos em termos econômicos e, mais importantes, humanos.
A convenção Ramsar
Em 02 de fevereiro de 1971, na cidade de Ramsar, no Irã, foi aprovado o texto da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, também chamada de Convenção de Ramsar. Assim, os países signatários tiveram a oportunidade de indicar áreas para ingressar a chamada Lista de Ramsar. Os sítios Ramsar, como são chamados os locais nesta lista, são pontos estratégicos de conservação da biodiversidade e possuem prioridade em cooperações técnicas e apoio para projetos que visem a sua proteção e o uso sustentável de seus territórios.
O conceito de zona úmida
considera toda extensão de pântanos, charcos e turfas, ou superfícies cobertas de água, de regime natural ou artificial, permanentes ou temporárias, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada. Abrange, inclusive, represas, lagos e açudes e áreas marinhas com profundidade de até seis metros, em situação de maré baixa. Elas fornecem serviços ecológicos fundamentais - atendem necessidades de água e alimentação - para as espécies de fauna e flora e para o bem-estar de populações humanas, rurais e urbanas.
Conheça mais sobre o Congresso aqui
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
Conheça mais sobre o Congresso aqui
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280