Itajaí desmonta armadilha e apreende armas e munição

Operação na UC em Santa Catarina tinha como alvo caça ilegal

Brasília (17/07/2012) – Com o apoio da Polícia Militar, a equipe do Parque Nacional (Parna) Serra do Itajaí, em Santa Catarina, realizou operação de fiscalização para coibir infrações ambientais dentro da área da unidade de conservação sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Na ocasião, foram apreendidas espingardas, cartuchos intactos, facões, apitos, que provavelmente eram utilizados para atrair aves, e três cães de caça com um policial militar e um funcionário público, ambos aposentados, dentro dos limites do Parna, no município de Apiúna (SC).

Próximo ao rancho, que vinha sendo monitorado há algum tempo pelos agentes, foi  localizada uma armadilha conhecida como “canhãozinho”, “trabuco” ou “armadilha de tropeço”. Trata-se de uma arma de fogo artesanal, adaptada a partir de uma ratoeira, molas, canos, cabos e fios, que abate o animal com o disparo de um cartucho em um sistema semelhante ao de uma espingarda.

Além do potencial de abate, este artefato é considerado de grande risco, pois, dependendo de como é instalado pelo caçador, a armadilha pode atingir e mutilar qualquer pessoa que caminha próximo aos cabos de disparo do artefato.

Identificação dos responsáveis

O coordenador da ação de fiscalização, o analista ambiental Mário Sérgio Celski de Oliveira, relatou que a munição apreendida possuía quatro calibres diferentes. “Temos expectativa de que as diligências policiais já em curso identificarão todos os responsáveis por aquele abrigo de caçadores”, disse ele.

“O importante é que nossa ação retirou da mata um arsenal com grande potencial de abate da fauna silvestre. Evitar que os danos ocorram é uma de nossas missões mais nobres na gestão das unidades de conservação”, destacou o servidor do ICMBio.

A equipe do Parque Nacional da Serra do Itajaí, responsável pela proteção de quase 60 mil hectares de Mata Atlântica em Santa Catarina, tem feito esforços para desarticular ranchos e acampamentos utilizados por caçadores e palmiteiros que atuam nos nove municípios que integram o território da unidade.

No caso do combate à caça, a anulação dos abrigos reduz o tempo dos caçadores na floresta e aumenta a possibilidade do flagrante pela fiscalização.

Comunicação ICMBio
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