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Instituto realiza monitoramento de espécies no Pará
Foram registrados 107 quelônios, 76 crocodilianos e 18 cetáceos
Brasília (21/06/2012) – Com o objetivo de monitorar populações de quelônios, crocodilianos (é uma ordem de répteis que inclui crocodilos, jacarés, aligátores e os gaviais) e cetáceos na região onde será instalado o Complexo de Hidrelétricas do Tapajós (CHT), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou em maio, uma expedição. A jornada contou com a participação de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
O CHT é um dos grandes projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal para a Amazônia, e prevê cinco aproveitamentos hidrelétricos cujas áreas de alagação afetarão diretamente seis unidades de conservação federais: Parque Nacional da Amazônia, Parque Nacional do Jamanxim, Floresta Nacional Itaituba I, Floresta Nacional Itaituba II, Floresta Nacional do Jamanxim e a Área de Proteção Ambiental Tapajós. As hidrelétricas previstas afetarão significativamente a dinâmica hidrológica, os diversos grupos da fauna aquática, e o uso do ambiente por populações humanas que habitam trechos dos rios Tapajós e Jamanxim, no estado do Pará.
Nesta primeira expedição, o grupo contou com o apoio logístico da equipe do Parque Nacional da Amazônia. Foram registrados 107 quelônios, 76 crocodilianos e 18 cetáceos presentes no polígono formado entre as futuras barragens de São Luiz do Tapajós, Jatobá e Cachoeira do Cai. Foram feitas contagens visuais diurnas e noturnas ao longo dos rios Tapajós e Jamanxim, seus afluentes e lagoas marginais. De forma complementar, para os cetáceos foram realizadas contagens a partir de pontos fixos, como pedrais e praias.
O analista ambiental e coordenador-geral da pesquisa, Marcelo Vidal, ressaltou que outras contagens serão realizadas durante os períodos de vazante, seca e enchente dos rios Tapajós e Jamanxim. Vidal esclarece que esse sistema de monitoramento da fauna aquática presente nas áreas de influência do CHT fornecerá importantes informações para subsidiar processos institucionais, como atividades de manejo, avaliações de empreendimentos potencialmente impactantes às espécies e consequentemente às populações ribeirinhas locais e ações a serem definidas no futuro Plano de Ação Nacional do Tapajós.
Comunicação ICMBio
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