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Instituto lança sistema high tech contra fogo em UC
Com dados de satélites, e-mails alertarão sobre focos de calor
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Brasília (08/08/2012) – O combate a incêndios florestais em unidades de conservação (UCs) federais ganha mais eficiência a partir de agora. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de lançar o sistema “Alerta”, que recebe informações de satélites e emite avisos por e-mail logo que sejam detectados focos de calor (alterações de temperatura da superfície terestre) no interior das UCs.
O sistema opera com informações dos satélites utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os focos de calor são identificados e reunidos em um aglomerado. Cada aglomerado, que cobre uma área de dois quilômetros, gera um alerta.
“Identificado o foco dentro de uma UC, o próprio sistema avisa por e-mail o chefe da unidade e o gerente de fogo, que seguem para campo, para checar se as informações procedem e se o foco de calor é realmente um incêndio. Se há incêndio de grandes proporções, o chefe da UC pode solicitar, via sistema, mais recursos para o combate”, explica o coordenador de Emergências Ambientais, Christian Berlinck.
No e-mail, são informados as coordenadas dos alertas, o satélite que captou as informações e a hora. “Hoje todo esse trabalho é feito manualmente por nossos técnicos, que entram no banco de dados de Inpe, baixam os focos de calor nas UC, geram o aglomerado e entram em contato com as equipes gestoras por telefone e e-mail. Com o novo sistema, ganhamos celeridade na ação, voltando-se mais fortemente para o combate efetivo, além da manutenção de um banco de dados robusto”, explica o coordenador.
Todas as 312 UCs federais serão cadastradas no sistema, começando pelas unidades que possuem brigada e histórico de fogo. “No momento estamos cadastrando todos os chefes de unidades de conservação e gerentes de fogo que ficam nas UCs com histórico de incêndios”, frisa Berlinck.
Foram três anos de elaboração do sistema, que se encontra na sua primeira fase de implementação, com avaliações e testes sendo feitos. “As unidades estão inserindo informações, e os possíveis gargalos estão sendo resolvidos. Neste momento precisamos muito do apoio das unidades, cujos chefes e gerentes precisam entrar no sistema e inserirem as informações, bem como nos repassar as dificuldades e erros que possam estar acontecendo, para que possam ser sanados”, destaca o coordenador.
Após o foco de calor ser confirmado como incêndio e, depois, extinto, o fechamento se dá com a geração de um Relatório de Ocorrência de Incêndio (ROI). Essas informações serão agregadas, via web service, ao Sisfogo, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo/Ibama), responsável por reunir as informações sobre os incêndios florestais em todo o País.
“Com isso estamos ajudando a consolidar este sistema nacional de informações, o que servirá no futuro para a formulação de políticas com alternativas ao uso do fogo e de combate aos incêndios no Brasil”, diz Berlinck.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9290