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ICMBio lança 2º número da Revista Biodiversidade Brasileira
Na edição estão reunidas pesquisas sobre os efeitos e o manejo do fogo
Brasília (27/01/2012) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou o segundo número da Revista Biodiversidade Brasileira. A edição trata dos resultados técnico-científicos da avaliação do estado de conservação de espécies e da discussão feita entre pesquisadores de diversos setores sobre assuntos críticos relacionados à conservação e o manejo do fogo em áreas protegidas.
Os incêndios trazem grandes prejuízos ambientais para as áreas protegidas, mas seus efeitos e severidade variam conforme a região e a forma como se lida. Como destaca o editorial da revista, o fogo ainda é uma ferramenta importante em muitas áreas rurais, sendo seu uso preferível a outras opções acessíveis de trato da terra.
“Temos grandes avanços nas estruturas de combate a incêndios nas unidades de conservação, mas a resposta ao emprego do fogo no Brasil não pode se pautar apenas na proibição do seu uso e no combate aos focos que ocorrerem, mas em uma compreensão mais ampla deste fenômeno, incluindo as especificidades de cada ecossistema e contextos sócio-econômicos”, destaca a coordenadora de Apoio à Pesquisa do ICMBio, Kátia Torres, uma das editoras do número juntamente com o Coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio, Christian Berlinck e as pesquisadoras da Universidade Federal do ABC (UFABC), Helena França e da Universidade de Brasília (UnB), Heloísa Miranda.
O número reúne 18 artigos com abordagens diversas, incluindo resgates de históricos de queima nos Parques Nacionais do Itatiaia (RJ), da Chapada Diamantina (MG), Serra do Cipó (MG) e Emas (GO), com considerações sobre seu manejo; bem como artigos que tratam das relações entre a vegetação e o fogo, sobre a flora, em diversos regimes e ecossistemas, além das respostas populacionais sobre aquelas espécies vegetais de valor econômico, como o capim dourado, o buriti e as sempre vivas. Alguns desses artigos avaliam a susceptibilidade da fauna ao fogo, incluindo aves nos campos sulinos e libélulas nas veredas da região do Jalapão (TO).
Trata também, de áreas protegidas e não apenas de unidades de conservação, permitindo assim a inclusão de estudos sobre práticas indígenas, como as dos Xavante e comunidades indígenas de diversas etnias no Mato Grosso, tendo em vista que a experiência indígena subsidia as decisões em unidades de conservação de diversos países. A edição reforça em seus diversos conteúdos, que para se definir a forma de manejo é preciso ter objetivos de manejo, que precisam considerar as opiniões e a participação dos diversos atores envolvidos no processo de gestão, inclusive daqueles cuja ação afeta uma área ou um recurso.
O manejo do fogo deve considerar ainda a diversidade de situações. Por exemplo, dentro do Bioma Cerrado, os artigos mostram a grande diferença na dinâmica do fogo na vegetação em terreno plano do Parque Nacional das Emas, com sua alta taxa de ignição por raios e os campos rupestres dos terrenos acidentados da Chapada Diamantina, com diferentes proporções de regimes de queima, entre outros exemplos.
“Parte significativa da riqueza deste número se deve à participação e interação, tanto na autoria de artigos como no processo de revisão, de pesquisadores com ampla experiência com a questão do fogo bem como de gestores envolvidos diretamente com a prevenção e manejo do fogo”, frisa Kátia.
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Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280