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Instituto Chico Mendes participa do 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes em Paraty
1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes - Foto: Erica Almeida
Entre os dias 9 e 15 de setembro, Paraty sediou o 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes (EITS). O Instituto Chico Mendes foi representado pelo presidente da autarquia, Mauro Pires, e pela diretora de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial, Kátia Torres, pelo gerente regional Breno Herrera, pelo chefe do NGI Paraty, Anderson Nascimento, e diversos servidores da casa, que interagiram com mais de 1500 representantes de povos e comunidades tradicionais de 22 nacionalidades e de outras instituições parceiras, nas atividades realizadas durante o evento, como mesas de diálogo, oficinas, seminários, trocas de experiências e vivências culturais.
Durante o Encontro, foi feita a entrega do Termo de Compromisso do ICMBio que assegura o território tradicional ocupado por famílias caiçaras de Trindade. Kátia Torres explica que “os acordos com famílias caiçaras e pescadores celebrados nesse encontro são frutos de muitos anos de diálogo e busca de entendimentos, sociais, técnicos e jurídicos, com forte participação dos movimentos sociais e dos conselhos gestores das unidades de conservação. Como vemos em diversos lugares, os acordos permitem que conflitos históricos sejam transformados em alianças para a conservação, com benefícios para toda a sociedade.”
“Um encontro internacional de povos e comunidades tradicionais é oportunidade valiosíssima de compartilhamento, de identificação de causas comuns, de fortalecimento da atuação, e de inspiração com contextos e caminhos percorridos em outros lugares. O encontro promoveu a participação de múltiplas instituições, a partir das questões trazidas pelos movimentos sociais, de forma muito organizada, permitindo uma atualização mútua do que vem sendo feito, das sinergias e desafios. A região de Paraty, com seu conjunto de unidades de conservação federais, estaduais e municipais, sobrepostas a territórios tradicionais diversos - caiçaras, quilombolas, indígena - se firma como um polo de promoção da conservação na natureza e respeito à cultura e aos direitos do povo brasileiro, em sua diversidade, com busca de novas economias e de caminhos saudáveis em meio a imensas pressões econômicas e sociais”, afirmou a diretora da DISAT.
As atividades foram organizadas em cinco blocos temáticos: ecologia de saberes para o bem-viver; oceanos e rios – redes de vida e saberes; saúde, resiliência e organização social; educação, cultura e modos de vida; e articulação em redes.
A programação se baseou na necessidade de se articular diferentes formas de conhecimento para o enfrentamento de desafios globais comuns, como as mudanças do clima, a segurança alimentar e as desigualdades sociais. Além disso, a programação destaca o papel vital dos povos tradicionais na preservação da biodiversidade, sublinhando que as áreas mais preservadas dos biomas globais são, frequentemente, aquelas protegidas por estas comunidades.
Alguns destaques entre as atividades do EITS foram as primeiras reuniões realizadas fora de Brasília pelo Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) e pela Câmara Temática de PCTs da Comissão Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS).
A realização do EITS é fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o Colégio Pedro II (CPII).
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados:
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